Bombeiros do Rio reivindicam melhorias salariais e vale-transporte em ato público

04/08/2011 - 14h00

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Os bombeiros militares do Rio de Janeiro estão reunidos hoje (4) no Largo do Machado, zona sul da capital, para mais um ato público. Eles querem mostrar à população as reivindicações e o andamento das negociações com o governo sobre melhorias salariais e de trabalho. De lá, os bombeiros caminharão até o Palácio Guanabara, sede do governo do estado, onde poderão até acampar em frente ao local.

De acordo com o cabo Benevenuto Daciolo, líder do movimento, estão sendo distribuídos folhetos informativos. Para ele, não houve melhora significativa com a antecipação do reajuste salarial de 5,5 %, passando de R$ 950 para R$ 1.010. Os militares lutam pelo fim das gratificações, por um piso salarial líquido de R$ 2 mil e, além do pagamento do vale-transporte.

Estamos há mais de três meses notificando o governo sobre as nossas reivindicações. E até o presente momento o governo ainda não nos atendeu. A única coisa que aconteceu foi a antecipação de uma das nossas parcelas do aumento salarial que corresponde a menos de 6%, no valor de R$ 60, e mais nada”, disse.

Sobre o contrato assinado no último dia 2 pela Secretaria Estadual de Defesa Civil, que garantiu pagamento de vale-transporte no valor de R$ 100 para 11.975 militares da corporação, o líder do movimento ressaltou que ainda é suficiente para parte da corporação. “Nós somos 92 municípios. Esse valor não atende todos os bombeiros, não atende a ida e a volta dos militares do trabalho para a residência”, explicou.

Ainda segundo Daciolo, a anistia criminal ainda não foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff. Há dois meses, 439 bombeiros foram presos após a ocupação do quartel-central da corporação. Durante a ação, os militares chegaram a se confrontar com policiais do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope). Após o episódio, os manifestantes foram chamados de vândalos e irresponsáveis pelo governador Sérgio Cabral. Os bombeiros ficaram uma semana presos.

Edição: Talita Cavalcante