Comunidade internacional pressiona para ampliar sanções à Síria

02/08/2011 - 10h47

Da Agência Lusa

Brasília – Mesmo em meio aos esforços dos norte-americanos e europeus para intensificar as sanções à Síria, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) não ampliou as restrições ao país. Só ontem (1º), primeiro dia do Ramadã – quando por 30 dias os muçulmanos ficam em jejum e fazem orações – foram mortos 24 civis na Síria, segundo os dados do Observatório dos Direitos do Homem, entidade de defesa dos direitos humanos do país.

As organizações não governamentais estimam que, no último fim de semana, 140 foram mortas durante embates com forças aliadas do governo em Hama e outras cidades sírias. Além do elevado número de mortos, as entidades informaram que há 3 mil desaparecidos e 12 mil presos por questões políticas.

O presidente da Síria, Bashar Al Assad, é alvo de protestos desde março. Os manifestantes o acusam de violação de direitos humanos e atos suspeitos envolvendo recursos públicos. Apoiadas pelos Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a França e a Alemanha querem adotar uma resolução para condenar a repressão.

A Rússia e a China, dois dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, ameaçaram vetar a proposta de resolução com o apoio do Brasil, da Índia e da África do Sul. Paralelamente, a Itália chamou seu embaixador na Síria para consultas “em decorrência da horrível repressão contra a população”, segundo comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.