Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Brasil e o Uruguai querem criar bibliotecas bilíngues nas áreas de fronteira e ampliar o número de pontos de Cultura na região. As ações de parceria ente os dois países foram discutidas ontem (25) e hoje (26) por representantes dos ministérios da Cultura dos dois países, reunidos em Montevidéu. A ministra Ana de Hollanda e o ministro da Educação e Cultura uruguaio, Ricardo Ehrlich, definiram um plano de ação para realização de políticas públicas bilaterais em diversas áreas.
Ana de Hollanda conheceu espaços culturais na capital uruguaia, chamados de usinas culturais, que funcionam de forma semelhante ao projeto dos pontos de Cultura e das praças de Esporte e Cultura, previstas na segunda fase do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2).
Segundo ela, a ideia é multiplicar os pontos de Cultura e as usinas culturais nas cidades brasileiras e uruguaias localizadas nas regiões de fronteira. “Na área fronteiriça é onde já se dá a comunicação e uma circulação natural das expressões artísticas em todas as áreas”, disse Ana de Hollanda, em entrevista por telefone, à Agência Brasil.
De acordo com a ministra, em todos os países da América Latina cresce a discussão sobre economia criativa e caminhos para a garantia de uma dinâmica mais sustentável do setor. “No Uruguai eles têm o setor de indústria criativa, no ministério temos a economia criativa. Eu estive na Bolívia para um encontro de dirigentes de cultura da América Latina e do Caribe e esse tema foi muito falado”, disse.
O plano de ação conjunto foi ratificado durante o seminário Diálogo Brasil-Uruguai em Ciência Tecnologia, Inovação e Cultura, encerrado hoje. Ontem, a delegação brasileira também participou da abertura do DocMontevidéu 2011, evento que promove o encontro entre redes de televisão, cineastas e produtores independentes da América Latina. Na área audiovisual, uma das possibilidades de novas parcerias entre os dois países, segundo a ministra, é a produção de animações e games.
Edição: Lana Cristina