Brasileira que lidera pentatlo naval nos Jogos Militares começou no esporte há apenas dois anos

21/07/2011 - 9h02

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Faltando apenas uma prova para a conclusão da competição de pentatlo naval dos Jogos Mundiais Militares, a brasileira Simone Lima está a um passo de conquistar a medalha de ouro. Depois de terminar em segundo lugar a prova de habilidade naval, a penúltima do pentatlo, na manhã de ontem (20), Simone lidera a disputa, à frente de 17 atletas de oito países.

Quem vê a desenvoltura com que Simone pratica o esporte não imagina que a atleta só descobriu o pentatlo naval há dois anos, depois de entrar para a Marinha. Ex-nadadora profissional do Fluminense, Simone, de 29 anos, estava em término de carreira, quando, em 2009, soube da oportunidade de ingressar nas Forças Armadas como atleta.

“Entrei na Marinha como nadadora, conheci o pentatlo aqui dentro. Achei esse esporte o máximo, porque é bem diversificado. Tentei a sorte. Essa é minha quinta competição internacional e hoje sou a segunda do mundo”, afirma Simone, que terminou o ano de 2010 como primeira do ranking mundial de pentatlo naval e, neste ano, está na segunda posição.

Sendo uma ex-nadadora, a marinheira Simone Lima acredita que o maior desafio no pentatlo é a prova de cross-country anfíbio, justamente aquela que encerra a competição, porque envolve corrida.

“Estou liderando a competição até a quarta prova, mas o pentatlo é uma caixinha de surpresa, a gente não pode se consagrar campeã antes da hora. Amanhã é a prova mais difícil para mim, por eu ser ex-nadadora, já que a corrida é muito diferente da natação. Mas eu estou bem focada para a competição. Agora é só concentração e fazer o melhor”, disse.

Na prova de cross-country anfíbio, o atleta precisa correr 2,5 mil metros, com uma réplica de fuzil de 3 quilos presa às costas. No meio do trajeto, é preciso executar três tarefas. A primeira é atirar com uma carabina para acertar cinco alvos a 50 metros de distância. Depois é necessário remar 100 metros em um trecho aquático sobre um bote pneumático.

A última tarefa do cross-country anfíbio é arremessar granadas dentro de um círculo de 2 metros de diâmetro, localizado a 15 metros de distância do atleta. Caso ele não acerte o alvo, precisa correr mais 100 metros como penalidade.

A equipe brasileira feminina venceu a prova de habilidade naval e lidera a disputa por equipes.

Edição: Talita Cavalcante