Da Agência Lusa
Brasília – O Parlamento da Grécia aprovou hoje (30) a segunda etapa do plano de austeridade que será aplicado nos próximos quatro anos no país. O plano, que determina aumento de impostos e tarifas, além de demissões de funcionários públicos, é uma exigência do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia (UE) para garantir novo empréstimo internacional.
Na votação de hoje, 155 deputados, do total de 296 presentes, votaram a favor da aplicação do plano. O objetivo é economizar 28,4 bilhões de euros em quatro anos, em troca de 50 bilhões de euros, incluindo projetos de privatização até 2015. Porém, as autoridades da Grécia deverão definir as linhas orientadoras de um segundo plano de resgate que ainda será negociado.
As medidas geram protestos violentos no país. Ontem (29), as principais ruas de Atenas, a capital grega, transformaram-se em campos de batalha entre manifestantes contrários às medidas e policiais. Bombas de gás lacrimogêneo, pedras e paus foram utilizados. Lixeiras e até postes de luz foram queimados durante as manifestações.
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, parabenizou os gregos pela aprovação do plano. De forma semelhante reagiu o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy. Segundo eles, a iniciativa demonstrou responsabilidade nacional por parte dos gregos. “Tendo em vista o trabalho duro que ainda está por vir, repetimos o nosso apelo a todos os partidos políticos para trabalharem juntos para levar o seu país para a frente”, disseram Durão Barroso e Rompuy, em nota oficial.