Agricultores brasileiros compraram 8,56 milhões de toneladas de fertilizantes de janeiro a maio

28/06/2011 - 18h13

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O volume de fertilizantes vendidos aos produtores rurais brasileiros entre janeiro e maio deste ano chegou a 8,56 milhões de toneladas, um aumento de 23,8%, ou cerca 1,6 milhão de toneladas (t), em relação ao mesmo período de 2010.

Somente em maio, houve um crescimento nas vendas de 63,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Isso, segundo o diretor executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), David Roquetti, sinaliza uma antecipação dos produtores na compra desses insumos para a safra 2011/2012, que se inicia a partir de 1º de julho.

De acordo com dados apresentados pela Anda na reunião da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, a produção nacional cresceu 2,4% na comparação entre janeiro e maio de 2010 com o mesmo período deste ano, passando de 3,49 milhões de t para 3,58 milhões de t. A diferença entre o consumo e a produção ressalta a forte dependência do país em relação às importações de fertilizantes, que na comparação entre os dois intervalos saltou de 4,6 milhões para 7,3 milhões de t.

Cerca de 60% das entregas de fertilizantes foram destinadas a apenas quatro estados: Mato Grosso, com 1,74 milhão de t (20,4%), São Paulo (1,26 milhão de t – 14,7%), Paraná (1,24 milhão de t – 14,5%) e Minas Gerais (885 mil t – 10,3%).

Em 2010 foram comercializadas 24,5 milhões de t e, com os bons preços das commodities agrícolas e a previsão de crescimento da colheita da próxima safra, a expectativa é que este ano esse volume ultrapasse os 26 milhões de t.

Em relação ao mercado de defensivos agrícolas (herbicidas, fungicidas, inseticidas, entre outros), a Câmara Temática de Assuntos Agropecuários informou que o faturamento cresceu de R$ 2,15 bilhões entre janeiro e abril de 2010 para R$ 2,27 bilhões no mesmo período deste ano, um aumento de 5%. Em dólar, o crescimento chega a 14%. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag), o incremento foi impulsionado principalmente pelas culturas de algodão, café, cana, feijão e trigo.

Edição: João Carlos Rodrigues