Secretário de Segurança Pública reconhece que faltam policiais militares no Distrito Federal

14/06/2011 - 17h14

Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil

Brasília - A menos de uma semana no cargo, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, disse hoje (14), que o número de policiais militares na capital do país está aquém do ideal para lidar com a crescente sensação de insegurança relatada pelos brasilienses. Questionado sobre as constantes queixas da população quanto à falta ou o pouco policiamento nas ruas, Avelar disse que o governo pretende aumentar o efetivo e que, com isso, em breve, os cidadãos passarão a se sentir mais seguros.

Segundo o secretário, atualmente, o Distrito Federal necessitaria de 3,4 mil policiais militares além dos atuais 15,6 mil, totalizando 19 mil. Apesar disso, Avelar disse à Agência Brasil e à Rádio Nacional que o governo prevê contratar, anualmente, mil novos soldados nos próximos quatro anos.

“Isso é um projeto de governo para o qual já há recursos e que esperamos ver implementado”, comentou Avelar. “Em matéria de estrutura, nossa situação é privilegiada. Temos policiais com grande capacidade técnica, preparados e que contam com bons equipamentos. Hoje, só lamentamos não ter o número ideal de policiais”, acrescentou o secretário.

Ao lado do governador Agnelo Queiroz e de autoridades distritais e federais, Avelar participava da cerimônia de lançamento da Campanha do Desarmamento no Distrito Federal enquanto, a poucos quilômetros da sede do Ministério da Justiça, quatro mulheres eram mantidas reféns por assaltantes que invadiram uma casa na Asa Sul do Plano Piloto. Uma das reféns, de 26 anos, está grávida e foi libertada pouco antes do fim do evento de que também participava o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto. O sequestro acabou por volta das 16h. As quatro mulheres foram libertadas e os dois assaltantes presos.

“Hoje, há uma preocupação [por parte do governo do DF] de reforçarmos o efetivo da Polícia Militar e colocar o maior número possível de militares fardados nas ruas para inibir este tipo de crime. Especialmente nos locais onde os índices de criminalidade apontem esta necessidade”, comentou Avelar, garantindo que, de maneira geral, os índices de criminalidade vem caindo. “Mas queremos que isso ocorra de forma ainda mais acentuada a ponto de ser notada pela população”.

 

 

Edição: Rivadavia Severo