Petrobras vai patrocinar ida de 50 peças consagradas de teatro para mais de 70 cidades

27/05/2011 - 15h54

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Com investimentos de R$ 12 milhões, a segunda edição do Programa Petrobras Distribuidora de Cultura vai permitir que 50 espetáculos teatrais possam ser apresentados, com ingressos a preços populares, em cidades que ainda não tiveram a oportunidade de receber as montagens. O resultado da maior seleção pública específica para circulação de peças teatrais pelo país foi divulgado hoje (27), no Rio de Janeiro.

Plateias de 85 municípios vão poder ver peças que costumam ser encenadas apenas no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde está o público de maior poder aquisitivo do país. Foram inscritos 327 projetos, a maioria da Região Sudeste. Os ingressos das produções patrocinadas pela estatal não poderão custar mais de R$ 20. O Ministério da Cultura foi o responsável pela aprovação dos projetos pré-selecionados para a etapa final da seleção, baseado nos quesitos da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.

O representante do ministério, Henilton Menezes, disse que a parceria com a Petrobras representa um avanço na democratização da cultura do país, porque permite levar teatro de qualidade a lugares que, sem patrocínio, não teriam condições de receber este tipo de produto cultural.

“Lembro de uma senhora, no município de Souza, interior do Alto Sertão da Paraíba, que saiu chorando da peça de teatro, porque era a primeira vez que ela via uma peça e não sabia que teatro era feito por gente de verdade. Costumo dizer que essas parcerias são um jogo de ganha-ganha, todos saem ganhando. E a sociedade, principalmente, com essa distribuição tão equilibrada de apresentações pelo país”.

A novidade deste ano foi a criação de uma categoria exclusiva para peças infantojuvenis, que vão receber R$ 2 milhões do programa. Fedegunda, sobre uma menina que vai em busca do coração perdido, de Karen Acioly, foi uma das 12 peças infantis selecionadas e será apresentada em Rio Branco, Manaus e Belo Horizonte. “A criança tem que estar no orçamento dos investimentos. Acho que o conteúdo para esse público está muito melhor”, celebrou a autora da peça.

Edição: Vinicius Doria