Diversidade sexual no meio acadêmico é tema de encontro na Universidade de Brasília

16/05/2011 - 20h51

Da Agência Brasil

Brasília – Diversidade sexual foi o tema que norteou uma série de debates hoje (16) na Universidade de Brasília (UnB). Em evento promovido pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), o 2º UnB Fora do Armário, estudantes discutiram sobre a diversidade no ambiente acadêmico, incluindo nesse quesito a diversidade racial.

O objetivo do evento, segundo o representante da ABGLT Vinicius Alves, é conscientizar as pessoas sobre o tema e mobilizar a comunidade a participar da marcha nacional que ocorre na próxima quarta-feira (18), a partir das 9h, na Esplanada dos Ministérios. As atividades do 2º UnB Fora do Armário prosseguem até amanhã (17).

Ações afirmativas e diversidade sexual; desafios e possibilidades de uma universidade sem racismo e homofobia; e educação sem homofobia foram alguns dos temas debatidos durante todo o dia, hoje. Luciano Freitas, representante do Movimento Leões do Norte de Pernambuco, foi um dos convidados que destacou a importância de se discutir o tema dentro da universidade. “A sociedade precisa se mobilizar e sensibilizar-se que os currículos universitários precisam ser modificados. Os direitos humanos precisam entrar na pauta como disciplina escolar”.

Para o professor da Universidade Federal de Salvador Wesley Alexandre, o debate se torna importante a partir do momento em que é discutido no âmbito da educação e ressalta que “a conscientização precisa ter início na universidade, pois acredito que este é um local em que se produz conhecimento, ideias e opiniões”.

Representantes do movimento negro também contribuíram para o debate. Jeovan Adorno, representante do Fórum Nacional da Juventude Negra, destacou a importância de se discutir o tema no meio educacional, pois, para ele, ainda hoje, este é um ambiente de privilégios, onde os negros, gays, lésbicas e transexuais são minoria.

Amanhã, o 2º UnB Fora do Armário recebe parlamentares como o deputado federal Jean Wyllys (P-SOL-RJ), as deputadas Manuela D'Avila (PCdoB-RS) e Érika Kokay (PT-DF).

Edição: Lana Cristina