Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Pessoas de todas as faixas de renda poderão ter acesso à casa própria, durante o 7º Feirão da Casa Própria que a Caixa Econômica Federal promoverá no Rio de Janeiro entre os dias 20 e 22 deste mês, no Riocentro. O evento contará com a participação de 76 construtoras e 52 imobiliárias.
Serão ofertados 48.580 imóveis prontos, usados e na planta. A maioria das unidades habitacionais está concentrada na zona oeste da capital fluminense, mas há imóveis disponíveis também nas demais regiões da cidade e nos municípios de Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados, Belford Roxo, Araruama, São João de Meriti, Itaguaí, Rio das Ostras e Itaboraí.
A superintendente regional da Caixa no Rio de Janeiro, Nelma Souza Tavares, estima um volume de negócios em torno de R$ 1,2 bilhão. O valor dos imóveis varia de R$ 30 mil a R$ 600 mil, com valor médio de R$ 150 mil. “Tem imóveis para todas as faixas de renda, desde baixa renda até a classe média alta”, disse.
A grande vantagem para os trabalhadores, segundo ela, é a possibilidade de fechar o negócio durante os três dias de duração da feira. “Basta que ele leve identidade, Cadastro de Pessoa Física (CPF), comprovante de residência e os três últimos contracheques. Se for renda informal, ele pode levar os seis últimos extratos bancários e outros documentos que comprovem despesas, porque a Caixa também financia imóvel para quem tem renda informal”.
Durante o feirão, a pessoa pode, em um mesmo local, ter acesso a informações sobre várias unidades no Rio de Janeiro e em outros municípios do estado, fazer a sua simulação e a avaliação de quanto pode pegar de financiamento.
De janeiro a março deste ano, foram contratadas pela Caixa no Rio de Janeiro 16.272 unidades, envolvendo recursos de R$ 1,57 bilhão. Desse total, R$ 437,5 milhões foram financiados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e R$ 1,13 bilhão do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Esses números levam a superintendente a acreditar no sucesso do feirão. “A gente percebeu que está vendendo imóvel direto”.
No feirão de 2011, o financiamento da Caixa poderá chegar a 100% do valor do imóvel, envolvendo recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “A gente está falando de imóveis de valor até R$ 170 mil”, disse Nelma Tavares.
A exemplo do que ocorreu na edição do ano passado, ela acredita que o interesse dos casais jovens será crescente. Essa é uma tendência, segundo a superintendente, devido ao aumento de renda da população em geral e às condições favoráveis de financiamento, que incluem o aumento do teto de empréstimo pelo FGTS de R$ 130 mil para R$ 170 mil. “Você já enquadra um número maior de imóveis e a gente acredita, sim, que cada vez mais as pessoas com idade mais reduzida estão tendo a oportunidade de comprar seu primeiro imóvel”.
A redução do número de imóveis ofertados em relação ao ano passado (69.300 imóveis) resultou do fato de que muitas unidades do Programa de Arrendamento Familiar (PAR) foram enquadradas no programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. No Feirão 2010, foram fechados 9.233 negócios, com recursos de R$ 901,6 milhões. O resultado superou em 22,8% o volume de negócios registrado em 2009.
Edição: Aécio Amado