Comércio do Rio está otimista para o Dia das Mães

03/05/2011 - 17h41

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Pesquisa do Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) mostra que a expectativa do comércio para as vendas do Dia das Mães é a de crescimento de, pelo menos, 10% em relação ao ano passado. A pesquisa foi feita entre os dias 19 e 26 de abril e ouviu 500 comerciantes.

O chefe do Centro de Estudos, Fernando Mello, disse à Agência Brasil que, “como o quadrimestre vem seguindo um crescimento de vendas sobre o ano anterior, a expectativa é que esse movimento de expansão continue com o incremento do Dia das Mães". A data é a segunda mais importante em termos de vendas, só perdendo para o Natal.

Segundo Mello, a expectativa dos lojistas do comércio carioca é que o movimento seja, inclusive, o melhor dos últimos cinco anos. O preço médio dos presentes (tíquete médio), estimado pelo CDL-Rio, deve ficar em torno de R$ 100. Vestuário, calçados, acessórios e bijuterias devem liderar as vendas.

O otimismo impera também entre os empresários da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. De acordo com pesquisa da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), a expectativa é que o faturamento do setor aumente, em média, 14,8% com a venda de presentes para as mães. Em alguns segmentos, como telefonia celular e bijuterias, a alta no faturamento pode atingir 17,3%.

Embora o mercado de trabalho se mostre bem aquecido no comércio fluminense, acompanhando a evolução das contratações na economia como um todo, 18% dos 505 estabelecimentos pesquisados pretendem admitir  funcionários, mesmo que de forma temporária, para dar conta da demanda, segundo informou o economista da Fecomércio-RJ Christian Travassos.

A expectativa de vendas aquecidas está relacionada à ascensão da classe C e ao aumento do poder aquisitivo do trabalhador. “Nós temos hoje mais da metade da população na classe C que, somada às classes A e B, nós chegamos a três em cada quatro brasileiros em condições de tomar um financiamento”, observou.

Para o presidente da Associação de Empresas Lojistas de Shopping Centers do Estado do Rio de Janeiro (Aloserj), Cláudio Gordilho, os empresários, numa visão conservadora, esperam aumento das vendas entre 5% e 7%. Para ele, a venda de roupas deverá ancorar o movimento nos shoppings.

O consultor da Aloserj Arthur Fraga, por sua vez, lembra que a presença maior de consumidores da classe C nos shopping centers não significa aumento do tíquete médio. Segundo ele, as vendas estão aumentando em quantidade, mas o valor médio dos presentes está caindo. “Mais gente dá presente, mas dá presente mais barato”, explicou Fraga.

Edição: Vinicius Doria