Museu de Astronomia promove encontros com pesquisadores internacionais para interagir com o público

25/04/2011 - 18h27

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A aprendizagem em museus de ciência é o tema da série de encontros iniciada hoje (25) pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), em torno da pesquisadora dinamarquesa Marianne Mortensen, do Departamento de Educação em Ciências da Universidade de Copenhague. O Mast é vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

De acordo com o coordenador de Educação em Ciências do Mast, Douglas Falcão, os museus de ciência estão elaborando estratégias para atrair o público e desenvolver a aprendizagem. “É um campo permanente de pesquisa”.

Durante os encontros, abertos ao público em geral, Marianne Mortensen falará sobre os resultados de estudos realizados por ela nos últimos quatro anos. Esses estudos incluem um novo tipo de interatividade – a interatividade imersiva, que, segundo Falcão, está se tornando muito comum nos museus de ciência atualmente. “São situações, aparatos, nos quais as pessoas literalmente entram”. Esse tipo de interatividade visa a promover o compartilhamento de simbolismos e seus significados entre o museu e seus visitantes, tornando a visita mais rica.

O objetivo dos encontros promovidos pelo Mast é proporcionar a divulgação do que o pesquisador faz, diretamente para o público. “A gente entende que, hoje, apesar de todo avanço tecnológico, a melhor maneira de você trocar ideias com outras pessoas é a forma presencial”. Os encontros organizados pelo museu brasileiro, segundo Falcão, têm justamente essa meta: promover a troca de ideias, de modo a render frutos para a comunidade de pesquisadores do país.

Pesquisadores de outros estados, como São Paulo, e de outras instituições, entre as quais a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ) e o Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), além de alunos de pós-graduação de outros cursos, estão inscritos para a série de palestras, que se estenderá até a próxima sexta-feira (29).

O coordenador enfatizou que a interação entre o público e o museu é importante não só para a formação das pessoas, mas para a própria instituição. “É fundamental. Porque é a partir da troca de experiências que a gente pode aprimorar alguns projetos de pesquisa”. A partir dos encontros com a pesquisadora dinamarquesa, o Mast pretende desenvolver outros projetos de pesquisa em parceria com a Universidade de Copenhague.

“Essa é a maneira como se faz ciência hoje. Você precisa ter equipes constituídas de profissionais de áreas e instituições diversas. É a partir desse, digamos, caldeirão, que as coisas funcionam melhor”.

A Coordenação de Educação em Ciências do Mast já está preparando para o início de 2012 um grande encontro internacional que versará sobre a educação não formal e formação de professores. “A gente quer juntar a massa crítica de trabalhos e pesquisas que falam sobre a contribuição que museus de ciência e tecnologia podem ter para a formação de futuros professores e de professores em serviço”, antecipou.

Edição: Lana Cristina