Governo fluminense continua mapeamento de áreas de risco para evitar tragédias como a da região serrana

19/04/2011 - 20h18

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Mais cinco municípios fluminenses terão suas áreas de risco mapeadas pelo Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ), fechando a primeira parte do programa de mapeamento, com 31 cidades analisadas em 2010/2011. A licitação para tomada de preços será feita no próximo dia 26.

O valor máximo estimado no edital é de R$ 214,89 mil, englobando recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam), da Secretaria Estadual do Ambiente. Os estudos têm prazo de conclusão de seis meses.

O presidente do DRM-RJ, Flavio Erthal, disse hoje (19) à Agência Brasil que o planejamento envolvia a realização do trabalho em municípios da Baixada. “Com o desastre na região serrana, a gente resolveu alterar e mapear municípios que não estavam mapeados ali. São Bom Jardim, Sumidouro, Areal e São José do Vale do Rio Preto. E incluímos também Cachoeiras de Macacu, para poder atender uma demanda mais emergente aí”.

Ele fez questão de deixar claro que essas cidades já constavam da programação de mapeamento antes da enxurrada que devastou a região serrana fluminense, em janeiro deste ano. Até agora, o DRM-RJ concluiu o mapeamento de oito cidades e mais 18 estão em processo de mapeamento, que deverá ser concluído em até dois meses. “E agora, vamos fazer mais cinco, totalizando 31”, disse.

Erthal avaliou que a vantagem desse levantamento é que ele permite às prefeituras elaborar planos de contingência, para atendimento a situações de emergência, além de planos municipais de redução de risco. “A gente está fazendo o mapeamento das áreas de risco iminente. A prefeitura vai ter a informação de onde estão essas áreas de risco iminente, qual a delimitação delas, quantas casas têm ali, quantas pessoas estão ameaçadas”, afirmou.

A meta, segundo destacou o presidente do DRM-RJ, é fazer o mapeamento em todos os 92 municípios do estado, o que poderá ser alcançado até 2014. Disse que o custo do trabalho é variável, uma vez que existem municípios que não apresentam uma quantidade significativa de áreas críticas de escorregamento.

Erthal explicou que, uma vez terminado o mapeamento, os dados serão levados às prefeituras, para debater o desdobramento dos processos, que deverão ser apoiados caso a caso pelo governo fluminense. “A preocupação nossa é fazer com que o mapeamento seja aplicado para que ele possa ser realmente um instrumento de política das prefeituras”, completou.

 

Edição: Aécio Amado