Presidenta defende na China combate à pobreza e consumo associado ao crescimento interno

15/04/2011 - 8h14

Da BBC Brasil

Brasil – Convidada especial do 10º Fórum de Boao sobre Desenvolvimento com Inclusão, na China, a presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (15) que as prioridades do Brasil, nos próximos cincos anos, serão o combate à desigualdade e o incentivo ao "consumo de massa capaz de sustentar o crescimento interno”. Ela disse que o Brasil tem enfrentado com sucesso os desafios que se impôs.

Para a presidenta, o período de 2011 a 2015 impõe uma série de desafios, como incentivar a demanda interna e buscar uma economia mais equilibrada entre o consumo interno, os nvestimentos e as exportações. A afirmação foi feita a uma plateia formada por líderes políticos asiáticos, além dos que integram o Brics (grupo que reúne o Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul), assim como o primeiro-ministro da Espanha,  José Luis Zapatero, empresários chineses e estrangeiros.

Dilma citou, entre as ações do governo de combate à pobreza e de incentivo ao consumo sustentado, os programas federais de transferência de renda e de expansão do investimento e do crédito. Como estímulo para investimentos externos, ela lembrou os eventos esportivos que o Brasil vai sediar nos próximos anos - a Copa de Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Citou também o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Antes de Dilma, o presidente da China e anfitrião do fórum, Hu Jintao, discursou. Segundo ele, a China é o quinto investidor estrangeiro direto no mundo e a tendência é dobrar os valores nos próximos cinco anos. Jintao disse que o volume negociado foi de  US$ 59 bilhões só no ano passado."A China vai investir cada vez mais na Ásia e nos países emergentes", acrescentou.

Atualmente, o consumo na China tem uma participação pequena no crescimento e é o aumento desse percentual que o país tentará incentivar. Jintao disse ainda que a China "dará oportunidades para países exportarem para o mercado chinês".

De acordo com o presidente chinês, a influência da Ásia no mundo vem aumentando. "Foi a primeira região a se recuperar da crise e se transformou em motor para a recuperação. Está não apenas mudando o destino do seu povo, mas tendo um impacto no mundo", afirmou.