Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, confirmou hoje (14) que haverá demissão de tralhadores na Usina Hidrelétrica Jirau, em Rondônia, por causa da redução do ritmo das obras.
A informação foi dada mais cedo pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Ele e Gilberto Carvalho participaram de reunião, no Palácio do Planalto, na qual foram discutidas as condições de trabalho em grandes obras, principalmente nas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Representantes de sindicatos e de empresários participaram do encontro.
Segundo Carvalho, o consórcio responsável pela construção da usina contratou trabalhadores em excesso para adiantar o andamento das obras. “A Camargo Corrêa [empresa que lidera o consórcio para a construção de Jirau] reconhece que contratou mais gente do que era adequado diante da pressão do consórcio para que ela acelerasse as obras. Isso fez com que houvesse uma grande concentração de operários. Pedimos para a empreiteira que as demissões sejam combinadas com o sindicado local. É necessário que haja redução do contingente de operários lá.”
A previsão inicial era que a Usina Jirau, no Rio Madeira, fosse concluída em janeiro de 2013 . No entanto, o consórcio responsável pelas obras trabalhava com a antecipação para março de 2012.
No mês passado, um conflito no canteiro da Usina Jirau resultou em uma greve que durou 15 dias. A paralisação começou depois da depredação de alojamentos, veículos e equipamentos. O protesto foi contra as condições de trabalho.
Edição: João Carlos Rodrigues