Pai de vítima de atirador pede reforço na segurança de escolas no Rio

08/04/2011 - 13h04

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O corpo de mais uma vítima do ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, deve ser liberado nas próximas horas do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro. Chegou há pouco à instituição, no centro da capital, o pai de Ana Carolina Pacheco da Silva, de 13 anos. Quando o corpo da menina for liberado, restarão no IML mais três, das 12 vítimas da chacina, além o do atirador, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos.

Os corpos das estudantes Milena dos Santos, 14 anos, e Samira Pires Ribeiro, de 13 anos, foram liberados hoje (8) pela manhã.

Muito emocionado, o pai de Ana Carolina, Raimundo Nazaré Freitas da Silva, de 46 anos, recusou o auxílio para funeral oferecido pela prefeitura da cidade e disse que pretende cremar o corpo da menina. Ele tentou oferecer os órgãos para a doação, mas não foi possível aproveitá-los.

Militar reformado do Exército, Raimundo pediu reforço na segurança das escolas e atendimento de saúde para crianças que apresentarem sinais de transtornos mentais. Para ele, com essa atenção, pessoas com problemas podem ter tratamento adequado. “Esse rapaz perdeu o pai, a mãe, que era esquizofrênica. Se você identifica isso, podemos evitar isso aí. Perdi minha filha, que era linda, linda, linda”, desabafou.

Se nenhum parente de Wellington Menezes comparecer ao IML, no centro do Rio, para buscar o corpo em 15 dias, ele será enterrado como indigente pela Polícia Civil.

Edição: Talita Cavalcante