ONU adverte a China e avisa que desaparecimento forçado de pessoas é crime

08/04/2011 - 15h55

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Organização das Nações Unidas (ONU) advertiu hoje (8) o presidente da China, Hu Jintao, sobre  o elevado número de pessoas desaparecidas no país. O alerta foi transmitido pelo grupo de trabalho das Nações Unidas que analisa o problema dos desaparecimentos forçados. Em comunicado, o grupo apela aos chineses para que tomem providências e libertem as pessoas.

De acordo com o grupo de trabalho, os desaparecidos na China têm, na maioria, participação em atividades ligadas à defesa dos direitos humanos e da liberdade de expressão. Um dos casos emblemáticos é o de Pachem Lama, sequestrado em 1995 quando tinha seis anos de idade. Os peritos informaram que o governo chinês não fornece dados sobre o paredeiro dele.

Os especialistas das Nações Unidas informaram que o desaparecimento de pessoas configura crime, de acordo com o direito internacional, que entende não haver qualquer justificativa para deter pessoas que expressam de forma pacífica suas ideias.

A presidenta Dilma Rousseff deve viajar hoje à noite para a China, onde fica até o dia 18. Dilma manterá encontros com Hu Jintao e o primeiro-ministro,Wen Jiabao. Será a primeira visita da presidenta à Ásia e a terceira ao exterior. A primeira foi à Argentina, no final de janeiro, e a segunda, na semana passada, para Portugal.

Edição: Vinicius Doria