Paralisação de médicos: ANS pede que atendimento à população não seja prejudicado

07/04/2011 - 17h21

Paula Laboissière*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) pediu que o atendimento à população não seja prejudicado em razão da paralisação nacional dos médicos credenciados a operadoras de plano de saúde. O órgão cobrou ainda que serviços de urgência e emergência sejam mantidos, acrescentando que não há justificativa legal para a suspensão do atendimento nesses casos.

Em relação aos atendimentos eletivos, a ANS determinou que as operadoras providenciem um novo agendamento de consultas, exames, internações e outros procedimentos com solicitação médica prévia, em tempo razoável, de forma a garantir a assistência à saúde dos beneficiários.

Denúncias, reclamações e esclarecimentos podem ser feitos por meio do telefone 0800 701 9656.

A paralisação de 24 horas tem o apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e da Associação Médica Brasileira (AMB). De acordo com esses órgãos, há 160 mil médicos trabalhando atualmente na saúde suplementar, atendendo cerca de 45,5 milhões de usuários de planos de assistência médica no Brasil.

Durante evento em que firmou acordo com empresas alimentícias, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, falou sobre a paralisação: “Espero que exista um acordo pelo bem dos profissionais de saúde e das pessoas que pagam plano de saúde. Isso faz parte da relação dos trabalhadores e das operadoras que contratam. Não podemos [intervir]. Essa não é uma relação pública e sim privada”.

* Colaborou: Carolina Pimentel

Edição: João Carlos Rodrigues