População aguarda chegada de Obama a cerca de 200 metros do Theatro Municipal

20/03/2011 - 14h22

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Dezenas de pessoas aguardam na Cinelândia a chegada do presidente norte-americano, Barack Obama, ao Theatro Municipal, onde ele fará um discurso às 14h. Muitas aproveitam a oportunidade para fazer protestos seguidos de elogios a Obama.

Carlos Augusto Tostes, de 48 anos, mostra um cartaz escrito em inglês em que pede ao presidente americano a liberação do green card (o visto de residência nos EUA) para os brasileiros que moram na cidade de Boston.

“Tenho uma filha de 22 anos que foi para lá estudar há um ano e agora vai tentar entrar com um processo para conseguir o green card. Esse não é um protesto, é um pedido pacífico”.

O professor de filosofia Renato Marcos Miranda optou por fazer um protesto em que chama o Brasil de colônia dos EUA e Barack Obama de senhor das nações. “É uma ironia para fomentar o senso critico no espírito da sociedade brasileira. Nosso país tem independência jurídica, mas somos subjugados política e economicamente pelos Estados Unidos. Daí a ideia de escrever no cartaz que somos súditos de Obama.”

Cerca 60 idosos do bairro de Bangu, na zona oeste do Rio, aguardam com ansiedade a possibilidade de entrar no Theatro Municipal para saudar Obama. “Fomos convidadas para participar desse evento e estamos aguardando para ver se conseguimos entrar. Nunca fui a esse teatro, nem eu nem a maioria de nós. É um momento único. Obama é o cara. Ele é um rapaz novo, negro, que chegou ao poder e é respeitado”, disse Mary Zoe.

Um grupo do não reconhecido Partido Comunista Marxista Leninista também aproveita a oportunidade para protestar contra a política externa dos Estados Unidos, inclusive a ação militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Líbia.

O forte esquema de segurança com homens do Exército afasta a população num raio de cerca 200 metros do Theatro Municipal. O discurso do presidente Obama não será transmitido em telões na Cinelândia, como inicialmente havia sido divulgado.

Edição: Juliana Andrade