Patriota reforça solidariedade ao povo japonês e rechaça medidas coercitivas contra a Líbia sem aval da ONU

14/03/2011 - 18h50

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reafirmou hoje (14), na capital paulista, que o governo brasileiro está solidário com o governo e a população do Japão. De acordo com ele, o governo está preocupado com os 254 mil brasileiros que vivem no Japão, embora mais de 80% deles estejam fora da região afetada pelo terremoto.

“Em Fukushima [região mais afetada], residem cerca de 400 brasileiros e nossos três consulados estão funcionando em regime de plantão. Amanhã [15], deverá ir um consulado itinerante à região afetada para dar apoio a essa população e dar-lhes toda assistência possível nesse momento”.

Patriota também falou sobre a situação na Líbia, despois de participar de evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),  com o presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica. Ele disse estar satisfeito porque os países europeus se manifestaram contrários a qualquer medida coercitiva que envolva forças militares na Líbia.

Segundo o ministro, qualquer medida nesse sentido terá que ser discutida no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e precisa ser tomada conforme a determinação da ONU. “Ou seja, não haverá intervenção militar unilateral decidida por um país ou um conjunto de países. Na medida em que esse debate não começou na ONU, o que temos feito é manter a coordenação estreita com os demais membros do Conselho de Segurança”.

Sobre as perspectivas do governo brasileiro com relação à visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na próxima semana, Patriota disse que é cedo para antecipar qualquer impressão. Segundo o ministro, o governo brasileiro está preparando um comunicado conjunto com o governo americano. Alguns acordos estão em discussão. “Queremos dar o maior conteúdo possível a essa visita, construindo-a sobre uma base que já é muito ampla de relacionamento nas áreas econômica e comercial, de diálogo político e programas sociais, com ênfase na área de ciência e tecnologia”.

 

Edição: Lana Cristina