Vereadores presos acusados de comandar milícia são transferidos para presídio federal

23/02/2011 - 22h13

Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, dois vereadores da cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e dois supostos milicianos presos durante a Operação Capa Preta da Polícia Civil foram transferidos hoje (23) para o presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Eles são suspeitos de participação em uma série de crimes, inclusive dois homicídios, cometidos desde a operação feita em dezembro do ano passado.

O vereador Jonas Gonçalves da Silva, conhecido como Jonas É Nós, e o soldado da Polícia Militar (PM) Ângelo Sávio Lima de Castro foram transferidos para o presídio federal. O mesmo destino teve o vereador Sebastião Freira da Silva, o Chiquinho Grandão, e Éder Fábio Gonçalves da Silva, o Fabinho É Nós – ex-policial militar e filho de Jonas, que estavam no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona norte da cidade.

A milícia Família É Nós era a mais bem estruturada de Duque de Caxias. Mesmo presos e respondendo à ação penal pelo crime de quadrilha armada, os líderes do bando continuavam a agir para cooptar, coagir e matar autoridades e testemunhas que prestaram declarações contra eles.

A operação contra a milícia foi deflagrada no dia 21 de dezembro do ano passado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público.

Segundo o subprocurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, “a medida [transferência] foi a resposta necessária aos atos atentatórios à vida humana e à dignidade da Justiça, colocando a cúpula da perigosa quadrilha longe de sua base territorial e área de influência”.

 

Edição: Aécio Amado