Audiência pública discute melhorias para as condições de vida da população de rua

12/11/2010 - 20h39

 

Da Agência Brasil

 

Rio de Janeiro – Os abrigos destinados aos moradores de rua, após sua retirada das vias públicas, foram o principal tema da audiência pública ocorrida hoje (12) na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro para discutir a situação das pessoas que vivem nas ruas da capital fluminense. Na audiência. presidida pelo vereador Reimont Luiz Otoni (PT), e com a presença do ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi, também foi apresentado um termo de compromisso propondo à prefeitura carioca a criação da política municipal intersetorial para atendimento aos moradores de rua.

 

A nova política municipal propõe a inserção dessas pessoas em diversos setores da sociedade, garantindo acesso ao esporte, à educação, à saúde, ao trabalho e à moradia. Segundo o ministro Vannuchi, o objetivo é conseguir a conclusão do termo de compromisso no Rio até o fim do ano.

 

“Ainda este ano, eu gostaria de articular com o ministro [do Esporte], Orlando Silva, e trazê-lo ao Rio, no mesmo dia gostaria de assinar com o governador [Sérgio] Cabral o convênio de adesão [ao compromisso] do estado do Rio de Janeiro”, afirmou.

 

De acordo com o coordenador nacional do Comitê de Acompanhamento e Monitoramento de Políticas Públicas para a População em Situação de Rua, Ivair dos Santos, as políticas de tratamento aos moradores de rua não podem ser apenas sociais, mas devem incluir a saúde, educação e o trabalho.

 

“Quando se falava em população de rua, se pensava apenas em política social. Nós estamos querendo mudar isso, política social sim, mas tem outras políticas envolvidas: saúde, trabalho e educação. Isso não é fácil, você precisa ter muita paciência e galgar passo a passo”, disse.

 

Segundo Ivair dos Santos, com base em dados de 2008, a população que mora na rua da cidade do Rio é de 5 mil pessoas. Ele acredita ainda que os abrigos devem ser modificados, pois a tendência é diminuir a capacidade de cada unidade, para melhorar a condição da moradia temporária das pessoas que necessitam ir para os abrigos.

 

 

Edição: Aécio Amado