Mineiros chilenos voltam ao local do drama para missa e colegas reclamam salários atrasados

17/10/2010 - 18h07

Da Agência Brasil

Brasília – Treze dos 33 mineiros resgatados na semana passada de uma mina no Chile, a 622 metros de profundidade, participaram hoje (17) de uma missa no Acampamento Esperança, para lembrar os 70 dias que durou o drama, no local onde ficaram concentradas as famílias enquanto aguardavam a operação de salvamento.

De acordo com a agência de notícias argentina Telam, a volta dos mineiros ao acampamento foi acompanhada por uma multidão de curiosos e por trabalhadores que exigiam melhores salários. Os carabineiros (polícia chilena) tiveram que fazer a proteção dos mineiros, devido ao grande número de pessoas, incluindo jornalistas, que foram à Mina San José para a cerimônia.

Ao mesmo tempo em que se realizava a missa, um grupo de trabalhadores da empresa San Esteban, responsável pela mina, exigia pagamentos atrasados. Eles levavam cartazes que diziam “San Esteban, não somos 33, somos 300” e “70 dias sem dinheiro e sem trabalho. Não nos roubem”. Os trabalhadores ameaçaram ocupar o acampamento se não houver uma solução para o problema.

A empresa San Esteban está envolvida num processo judicial em que poderá arrendar seus ativos para outra mineradora com maior capacidade financeira ou entrar em falência. Além disso, precisa  pagar os salários atrasados de mais de 300 trabalhadores que estão sem trabalho depois que foram canceladas as operações da mina, devido ao acidente que deixou os 33 mineiros soterrados até o resgate na semana passada.
 

 

Edição: Rivadavia Severo