Governo apresenta proposta de reajuste para evitar greve de médicos-residentes

16/08/2010 - 21h17

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os ministérios da Saúde e da Educação apresentaram hoje (16) proposta para reajustar em 20% o valor da bolsa-auxílio aos médicos-residentes do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2011. O governo criou também um grupo de trabalho para avaliar as reivindicações. Apesar da proposta, o presidente da Associação Nacional dos Médicos-Residentes, Nívio Moreira, informou que, em princípio, está mantida a greve da categoria, marcada para amanhã (17).

Os residentes pedem reajuste de 38,7% no auxílio mensal, que está congelado em R$ 1.916,45 desde 2006, segundo a associação. Moreira afirmou que a proposta do governo será analisada amanhã pela categoria que, até o fim do dia, decidirá se mantém a paralisação.

Nos hospitais públicos federais trabalham cerca de 22 mil médicos-residentes. Segundo a associação, as negociações com os ministérios da Saúde e da Educação estão paradas desde abril. A informação foi contestada pelo governo federal que, em nota, afirma que as negociações ocorrem há seis meses.

Conforme o Ministério da Saúde, outros pedidos da categoria estão sob análise, como ampliação da licença-maternidade de quatro para seis meses e a implantação da licença-paternidade de cinco dias. De acordo com a pasta, as duas reivindicações estão previstas em um projeto de lei enviado ao Congresso Nacional.

Edição: Vinicius Doria