Relatório da OIT sobre jovens no trabalho informal se aplica ao Brasil, diz Conjuve

11/08/2010 - 22h49

Da Agência Brasil

Brasília – O relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado hoje (11), sobre o jovem no mercado mundial do trabalho se aplica ao Brasil, segundo João Marcos Vidal, vice-presidente do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), órgão ligado à Presidência da República.

O relatório, denominado Tendências Mundiais de Emprego para a Juventude 2010, afirma que na América Latina e no Caribe houve um aumento do emprego vulnerável e dos empregos informais para pessoas entre 15 e 24 anos entre 2008 e 2009. No período o número de trabalhadores por conta própria aumentou 1,7 ponto percentual e o número de trabalhadores informais aumentou 3,8 pontos percentuais.

De acordo com Vidal, o jovem está no emprego informal porque não tem qualificação. “Grande parte dos jovens de baixa renda está na informalidade ou ganhando muito pouco, enquanto os que têm a família para sustentar os estudos vão ingressar mais tarde no mercado, depois da universidade ou de cursar uma escola técnica”. 

Vidal afirmou que o futuro do jovem que começa a trabalhar antes de ter qualificação é prejudicado. “Dificilmente um jovem que ingressa antes dos 18 anos no mercado de trabalho vai ganhar mais que um salário mínimo na vida adulta”.

O dado do estudo que mostrou que o desemprego para as mulheres jovens (13,2%) é maior do que para os homens jovens (12,9%) também é observado no Brasil, segundo o vice-presidente do Conjuve. “A gravidez precoce agrava esse número”.
 

 

Edição: Rivadavia Severo