População jovem será alvo das ações de segurança pública em Macapá

11/08/2010 - 22h00

Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil

Brasília – As ações que serão implementadas em Macapá pelo Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) vão beneficiar principalmente a população jovem do município. De acordo com o prefeito da cidade, Roberto Góis, a população carcerária de Macapá é formada maioritariamente por jovens entre 20 e 30 anos.

Nesta quarta-feira (11), o prefeito teve reunião com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, para assinar o termo de adesão ao Pronasci. A capital amapaense chamou a atenção do ministério após a divulgação de uma pesquisa sobre o Índice de Vulnerabilidade Juvenil desenvolvida pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O estudo identificou que Macapá ocupa a 40º posição no ranking dos municípios onde os adolescentes estão mais desprotegidos e expostos à violência.

De acordo com Góis, a população de Macapá cresce acima da média nacional. Além disso, cerca de 64% dos habitantes do Amapá mora na capital. “Temos várias zonas de Macapá que têm índices de violência acima da média. Com esse programa vamos implementar ações na área do esporte, da cultura, do lazer e da integração social, fazendo com que o jovem possa ter oportunidade e participar ativamente da vida do município”.

Segundo o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, um dos objetivos do programa é fazer a prevenção e o resgate da população jovem que convive com a criminalidade. “Esse percurso de vida [dos jovens] pode ser alterado e é necessário incluí-los nos processos de formação profissional que dê a eles uma maior perspectiva de vida”.

O Pronasci articula políticas de segurança com ações sociais para redução da violência e da criminalidade. Foi criado para diminuir a criminalidade das regiões metropolitanas que apresentam os mais altos índices de homicídio. Atualmente, são integrantes do Pronasci 174 municípios, 4 consórcios intermunicipais, 25 estados e o Distrito Federal.

“É um projeto que tem dado certo em várias regiões do país em que é implementado, como é o caso do Rio de Janeiro, da Bahia e de Pernambuco. Queremos levar esse projeto ao país inteiro”, disse o ministro.

 

 

Edição: Rivadavia Severo