Transportadores de cargas querem flexibilização da restrição de tráfego em São Paulo

29/07/2010 - 22h17

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região (Setcesp) quer que a prefeitura flexibilize a restrição a circulação de caminhões na Marginal Pinheiros e avenidas dos Bandeirantes e Roberto Marinho na capital paulista.

A partir de segunda-feira (2) as vias passam a fazer parte da Zona de Máxima Restrição de Circulação. Na região, veículos de carga pesada não podem trafegar durante a semana das 5h às 21h, com exceção dos caminhões menores que forem cadastrados como veículos urbanos de cargas (VUCs).
       
“A prefeitura vai ter que ceder um pouco para que a coisa possa fluir”, afirmou à Agência Brasil o presidente do Setcesp, Manoel Sousa Lima. Ele lembra que nem todos os caminhões utilizam as vias para cruzar a cidade, muitos são responsáveis pelo abastecimento da região. Segundo a prefeitura, foram feitos estudos para garantir que a mudança não afetará o abastecimento da cidade.

A Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo estima que a restrição dos veículos pesados reduzirá em até 20% a lentidão nas vias. Esse tráfego de caminhões deve ser desviado para o Rodoanel, anel viário que circunda parte da cidade de São Paulo.
       
Problemas de segurança, no entanto, ainda dificultam a utilização do Rodoanel, de acordo com Lima. A falta de policiamento ostensivo e iluminação são algumas das reclamações do sindicato. “Só tem câmera e luz descentes próximos a praça do pedágio”.
       
Lima disse também que como ao longo da via existem áreas sem sinal de celular, o que inviabiliza os localizadores de segurança presentes nos caminhões. Segundo ele, por isso, algumas seguradoras não aceitam que os veículos trafeguem pelo anel viário.
       
O presidente da Associação dos Caminhoneiros do Estado de São Paulo (Acasp), Pedro Silva, minimizou os problemas e defendeu o tráfego pelo Rodoanel. “Entre os associados, tão falando bem. A turma sempre reclamava desse trânsito”.

 

 

Edição: Rivadavia Severo