MP denuncia acusado do assassinato do cartunista Glauco

19/04/2010 - 20h56

Bruno Bocchini

Repórter Agência Brasil

 

São Paulo – O Ministério Público de São Paulo apresentou hoje (19) à Justiça denúncia contra Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, acusado de matar o cartunista Glauco e o filho dele, Raoni. A denúncia foi oferecida ao juizado de Osasco (SP).

 

Cadu foi denunciado por homicídio duplamente qualificado – por motivo torpe e por impedir a defesa da vítima – em relação à morte de Glaudo. O MP também o denunciou por homicídio duplamente qualificado por causa do assassinato de Raoni, por dificultou a defesa da vítima e tentar assegurar a impunidade pelo crime e garantir a fuga. Cadu ainda foi denunciado por lesão corporal à viúva de Glaudo, Betriz Glavão. Ser for condenado, ele poderá pegar pena que varia de 24 a 68 anos.

 

O Ministério Público pediu ainda que seja realizado exame para atestar a sanidade mental de Cadu. Se o acusado não for considerado inimputável – que é incapaz para responder por seus atos -, ele vai a júri popular. Caso seja considerado inimputável - que também pode ter sido causada pelo uso de drogas - será enviado a um hospital psiquiátrico, onde terá de ficar de um a três anos. Depois desse período, novos exames deverão ser realizados.

 

“Se em razão do uso de drogas, se ele já era viciado, e em razão disso ele não tinha condições de se comportar conforme o entendimento que deveria quando realizou a conduta, ele poderia ser inimputável. Caso chegue-se a essa conclusão, a medida cabível no caso é a medida de segurança [internação em hospital psiquiátrico]”, explicou o promotor do caso, Yuri Castiglione.

 

O acusado de ter dirigido o carro de Cadu no dia das mortes, Felipe de Oliveira Iasi, não foi denunciado pelo MP. Segundo o promotor Castiglione, ainda faltam diligências para que seja formada a “convicção” da promotoria.

 

 

“Há alguns laudos que ainda não foram juntados aos autos, que são relevantes para a minha convicção, que ainda não está formada. Além desses autos há ainda necessidade de outras diligências complementares que necessitam ser realizadas para o esclarecimento, que é a busca da verdade”, explicou o promotor.

 

Edição: João Carlos Rodrigues