Prefeitura de Angra nega que pousada atingida por deslizamento estivesse irregular

01/01/2010 - 18h10

Luiz Augusto Gollo
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As informações sobreirregularidades na construção e ampliaçãoda Pousada Sankay, soterrada por um deslizamento de terra namadrugada de hoje (1º), na Praia do Bananal, em Ilha Grande,foram negadas pelo secretário de Obras da prefeitura de Angrados Reis, Ricardo Tebet. “A pousada tempelo menos 20 anos, era de uma família japonesa, nãotinha nada de irregular”, afirmou, enfatizando que as chuvas queatingiram a região durante 40 horas foram o equivalente a maisda metade dos quase 200 milímetros verificados em todo o mêspassado.“O arrasto de terra e pedra foi de mais de 50metros, é até maldade falar em situaçãoirregular diante de um desastre como este. A Defesa Civil daprefeitura já está fazendo o levantamento de imóveisem situação de risco, que são 146 até omomento, a grande maioria da população de baixa renda”,completou.A Pousada Sankay foi adquirida em 1994 pelo casalSônia e Geraldo Faraci, que trocou Belo Horizonte pelo litoralfluminense. Considerada uma das mais luxuosas e caras da região,a Sankay oferecia suítes e apartamentos com o conforto comumaos melhores endereços turísticos. Em suasacomodações, a pousada oferecia “ventiladores, arcondicionado, frigobar, varanda com rede, parabólica, secadorde cabelo, espelho de aumento para maquilagem e banho quente 24horas”, segundo propaganda própria. Dispunha tambémde biblioteca, lareira, sala de TV e vídeo/karaokê,sala de jogos, sauna a vapor, sala de ginástica e musculação,playground para crianças e piscina. A Sankaytinha cinco tipos de suítes, com diárias entre R$ 390 eR$ 540 na alta temporada para o casal, incluindo café da manhãe jantar, passeios de barco e dois para a cidade de Angra dos Reis.