Ministério das Cidades quer motorista mais cortês no trânsito

30/10/2009 - 18h44

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A gentileza e a cordialidade no trânsito podem evitar acidentes. Esta é a aposta de uma nova campanha educativa voltada para o pedestre, motorista, ciclista e motociclista, lançada hoje (30), pelo Ministério das Cidades. O objetivo é reduzir o número de mortos no trânsito que chega a 35 mil por ano.A partir de domingo (1º), peças publicitárias serão divulgadas pela televisão, pelos jornais, rádios, pela internet e em outras mídias em todo o país. De acordo com o ministro Marcio Fortes, o brasileiro precisa ser mais cortês ao dirigir.“É preciso ter no trânsito um comportamento educado, respeitoso às leis, seguindo o nosso slogan: Eu sou Legal no Trânsito. Não é só ser legal no sentido de seguir as leis, é preciso ser legal tendo um comportamento cordial, amigo, solidário, valores da vida cotidiana, privada”, afirmou.A campanha educativa abordará oito temas, entre eles, a importância da manutenção dos veículos, atenção à travessia de pedestres e o uso do cinto de segurança no banco traseiro. Toda a publicidade custará cerca de R$ 70 milhões e será financiada por um fundo que recebe dinheiro do seguro obrigatório e de multas.A campanha também vai chamar atenção para a Lei Seca, na conscientização do motorista para não dirigir alcoolizado e educá-lo no sentido de não alertar outros motoristas sobre os locais de fiscalização.“Toda a vez que eu aviso alguém [sobre uma blitz], a pessoa que recebeu a informação, e pode estar embriagada, muda de rota e pode bater num poste. Aí quem avisou terá um remorso para o resto da vida”, disse o ministro.Fortes afirmou ainda que a campanha o poderá favorecer a aprovação de mudanças no Código Brasileiro de Trânsito, previstas para serem votadas pelo Congresso Nacional no próximo dia 10.Entre as principais modificações estão penas mais rigorosas para as infrações graves e gravíssima e a punição para quem se recusar a fazer o teste do bafômetro. Atualmente, quem é flagrado em estado de embriaguez e não aceita fazer o teste pode ter a carteira retida e responder a um processo administrativo.