Pesquisa mostra que produção industrial fluminense foi pouco afetada pela gripe suína

08/09/2009 - 20h47

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A produção industrial fluminense foi considerada como pouco afetada pela influenzaA (H1N1) – gripe suína, segundo pesquisa divulgada hoje (8) pelaFederação das Indústrias do Estado do Rio deJaneiro (Firjan). Cinquenta e nove por cento  das empresas afirmaram que houve poucos prejuízos àprodução, enquanto 35,8% disseram que foram muito afetadas ou afetadas.

Os dados mostram aindaque 61,4% das indústrias registraram algum tipo degripe desde março deste ano. Foram 4.862 funcionáriosinfectados em 294 empresas, representando 5% dos 96.852 funcionáriosda totalidade das indústrias pesquisadas. As entrevistas foram realizadas entreos dias 17 e 21 de agosto em 497 indústrias de transformação,extrativa mineral e da construção civil de pequeno,médio e grande portes. As empresas consultadas efetuaram 212testes para a confirmação ou não da influenza A(H1N1) – gripe suína, entre os empregados com sintomas degripe. Os testes confirmaram casos da doença em 14,3% dasempresas.

De acordo com asondagem, 1.902 funcionários de 212 empresas faltaram aoserviço devido à infecção por algum tipode gripe, sendo que os funcionários com a influenza A (H1N1) –gripe suína, faltaram mais do que o triplo de dias emcomparação aos que apresentavam outro tipo de infecção gripal.Foram 11,7 dias em média de falta, contra 3,2 dias das gripessazonais.

Do total de empresasentrevistadas, 87,9% disseram ter adotado medidas para evitar adisseminação da influenza A (H1N1) – gripe suína.A divulgação de informações sobre adoença em folhetos, quadros de aviso e mesmo pela intranetfoi a opção adotada por 193 empresas, representativasde 38,8% do total de indústrias pesquisadas. Mais 166 empresas(33,4% do total) optaram pela disponibilização deálcool em gel aos funcionários.

De acordo com asondagem, 70,5% dos entrevistados perceberam mudança nocomportamento dos empregados, devido à preocupaçãode não contrair o vírus Influenza (H1N1). Amaior frequência no ato de lavar as mãos foi a principaldelas, respondida por 34,2% das indústrias.

Noventa e trêsempresas afirmaram ter a intenção de adotar as açõespreventivas em 2010 a fim de evitar a doença, entre as quais avacinação dos empregados (34,3%), a realizaçãode campanhas informativas (31,5%) e as ações deprevenção (16,7%).

As empresas consultadassugeriram que o governo deve investir em saúde pública(31,2% do total) e liberar o uso do medicamento Tamiflu para os casossuspeitos de influenza A (H1N1) – gripe suína, (20,9%).