Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os prefeitos das cidades que vão sediar jogos da Copa do Mundo de 2014 vão se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para pedir agilidade na liberação de verbas federais para obras de adequação às exigências do comitê organizador do evento esportivo. A decisão foi tomada hoje (20), durante a 55a Reunião Geral da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), no Rio de Janeiro.O presidente da FNP e prefeito de Vitória, João Coser, disse que a reunião com Lula ainda não tem uma data definida, mas deverá ocorrer em breve. “A relação entre governo federal, estados e municípios está mais solta do que gostaríamos. Portanto, saiu um encaminhamento das 12 cidades-sede para solicitar uma reunião com o presidente Lula e ministros, para uma definição mais clara das atribuições, do financiamento, da legislação específica e responder que recursos cada cidade terá para tocar os seus projetos”, disse.Segundo o presidente da FNP, algumas capitais estão mais adiantadas nos projetos, como é o caso de Porto Alegre, enquanto outras, como Cuiabá, demandam mais atenção. O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, disse que a cidade necessitará de pelo menos R$ 4 bilhões para atender às recomendações da Fifa, fora o valor do novo estádio, orçado em R$ 430 milhões. As verbas federais vão ser utilizadas principalmente para ampliar e modernizar os meios de transporte.“A grande deficiência nossa é mobilidade urbana. Nós esperamos do governo federal os recursos suficientes para as intervenções no trânsito, como a construção de um rodoanel, uma via expressa do aeroporto ao estádio, duplicação de avenidas e implantação de corredores exclusivos para ônibus”, disse o prefeito de Cuiabá, que também vai buscar verbas para as áreas de turismo e segurança pública.O vice-prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, afirmou que a prioridade é a construção de uma linha de 12 quilômetros de metrô, ao custo de R$ 2,5 bilhões, além da duplicação de avenidas que levarão ao Estádio Beira-Rio, provável local da competição, no valor de R$ 146 milhões.Fortunati esteve recentemente na África do Sul e disse que o objetivo é evitar os atropelos verificados na cidade africana, pela falta de planejamento. “A grande dificuldade é buscarmos mais recursos para a concretização dessas obras. Eu voltei da África há poucos dias e fiquei impressionado. Pela falta de uma tomada de decisão antecipada, boa parte das obras não ficará pronta em 2010. O Brasil não pode repetir esse exemplo”, afirmou.