Palestinos fazem protesto contra Israel em São Paulo

07/01/2009 - 19h51

Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Com cartazes e rosasde plástico, cerca de 1.500 pessoas – segundo estimativa dosorganizadores – fizeram hoje (7), em São Paulo, um protestocontra a ofensiva de Israel sobre a Faixa de Gaza. Os manifestantesseguiram um trio elétrico, que tocava a “música davitória e da resistência palestina”, pelas ruas do Brás,bairro da área central da capital paulista que concentragrande número de comerciantes palestinos e árabes. Emalguns momentos do ato público, o comércio da regiãochegou a fechar as portas. "Quero deixarclaro que não somos inimigos dos judeus. Eles são nossosamigos e está passeata não é contra eles, massim contra o assassinato dos nossos irmãos palestinos",afirmou o presidente da Federação das Entidades Árabesde São Paulo (Fearab), Eduardo Elias. Os manifestantesacusaram Israel de ser um estado assassino.Com palavras de apoio ao Hamas, os palestinosprometeram fazer mais atos públicos como o de hoje. O próximoestá marcado para sexta-feira (9) às 14h, no vãolivre do Masp, em São Paulo, quando farão uma"sapatada" contra Israel, em alusão ao jornalistaque atirou um sapato no presidente americano George Bush, noIraque. Os manifestantes também elogiaram a atitude dopresidente venezuelano Hugo Chavez por ter expulsado do paísum representante do governo israelense. "Manifestações como estasensibilizam e informam as pessoas sobre o que realmente estáacontecendo em Gaza", disse a assessora da presidência daFederação de Entidades Árabes da América(Fearab), Claude Fahd Hajjar. "Estamos compadecidos com asituação dos nossos irmãos, que sofrem com osataques." Segundo o presidente da União dosEstudantes Mulçumanos no Brasil, Alli Ahmad Majdoud, muitosbrasileiros têm raízes nos estados árabes. "Aluta deles é a nossa luta, porque todos temos o direito deviver em paz." Para ele, os protestos são importantespara sensibilizar as autoridades brasileiras: "Eles podem nosrepresentar, dialogando com as autoridades de outros países."