Casal Garotinho ganha novo fôlego com vitória em Campos e diz que vai procurar Lula

06/10/2008 - 0h58

Vladimir Platonow
Enviado Especial
Campos (RJ) - A vitória na eleição para a prefeitura de Campos (RJ) deu um novofôlego para o casal Rosinha e Anthony Garotinho, ambos do PMDB. Depoisde governarem por oito anos o estado do Rio de Janeiro e se veremameaçados de perder influência política com uma eventual derrota em suaterra natal, os dois comemoraram junto à população, em frente a suacasa, no bairro da Lapa, a conquista do poder municipal.Rosinhafoi proclamada vencedora pela juíza eleitoral Marcia Alves Succi, emuma eleição tumultuada, em que o segundo colocado, Arnaldo Vianna (PDT),teve todos os seus votos computados como nulos. Ele teve suacandidatura impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) econcorreu sub judice, baseado em recurso ao Tribunal Superior Eleitoral(TSE), que ainda vai ser apreciado.Em entrevista coletiva, logoapós saberem da proclamação, Rosinha e Garotinho comentaram a vitória efalaram sobre o quadro político nacional. Ambos disseram que vãoprocurar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para retomar o contatopolítico, abalado desde a última eleição à Presidência da República, em 2006."Lulaé o presidente de todos os brasileiros e eu sou a prefeita de todos osmoradores de Campos. Por isso é importante mantermos uma relaçãopolítica próxima", disse Rosinha, em meio à multidão que a cercava.Também falando sobre o atual presidente da República, Garotinhoressaltou que o apoiou em diversos períodos."Nós nunca tivemos nadacontra o Lula. Votamos nele em 1989, no segundo turno. Fui coordenadorda campanha dele em 1998, no Rio de Janeiro, o único estado onde eleganhou. Na eleição de 2002, no segundo turno, eu o apoiei. E o quehouve foi um pequeno desentendimento, quando ele me convidou para serministro e eu não aceitei. Mas isso é coisa do passado, o presidente éum homem que governa para todos e vai ter um bom relacionamento comRosinha", afirmou Garotinho.Enquanto o casal comemorava a vitória em Campos, os integrantes dacampanha de Arnaldo Vianna afirmavam que iriam às últimas conseqüências paragarantir uma vitória jurídica que os levasse ao segundo turno. "Sepreciso, vamos até o STF [Supremo Tribunal Federal], garantiu ocandidato a vice na chapa, Hélio Anomal, filiado ao PT.