Sistema elétrico atual é bem mais seguro que o de 2001, avalia Tolmasquim

10/01/2008 - 21h20

Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da EmpresaBrasileira de Pesquisa Energética (EPE), MaurícioTolmasquim, admitiu hoje (10) ser “complicada” a situaçãoatual dos reservatórios de água no país, masressaltou que a atual estrutura do setor elétrico brasileiroé “extremamente” distinta da de 2001, quando ocorreu o"apagão" energético. Naquele ano, de acordo comTolmasquim, a energia que sobrava no Sul do Brasil não tinhacomo ser transportada para o Sudeste por falta de linhas detransmissão. Uma situação que, segundo ele, já foi superada.“Dobramos acapacidade de transmissão do Sul para o Sudeste, aumentou emduas vezes e meia capacidade de transmissão do Sudeste para oNordeste e, em abril, termina a linha Norte-Sul 3, um obra imensa queamplia bastante a conexão”, destacou.Outro aspecto apontadocomo diferencial pelo presidente da EPE é a existênciade um parque de termelétricas consolidado, com cercade 4 mil megawatts, ainda não utilizados, e prontos para entrar em operação.“Hoje, felizmente, não precisamos restringir o consumo dapopulação brasileira. Já temos medidas de ofertapara enfrentar o fato de termos [índices de] chuvas piores.”Para Tolmasquim, ofuncionamento das térmicas não deve ser visto como umproblema, mas sim, como um “sinal de saúde”do sistema elétrico. “Elas [termelétricas] existem e são pagas peloconsumidor e pelo sistema justamente para serem colocadas emoperação no momento em que chove menos. Seria deestranhar termelétricas que ficassem a vida inteira paradas.Seriam monumentos à burrice.”O governo já determinou, até o momento, o funcionamento de 31 usinas térmicas (25 a gás e seis a óleo) para compensar o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas em virtude da  falta de chuvas.