Garibaldi nega ter usado caixa 2 na campanha para o Senado em 2002

12/12/2007 - 0h38

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O candidato único à Presidência do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), negou hoje (12) denúncia de que teria usado caixa 2 na campanha para o Senado em 2002. A denúncia, investigada pelo Ministério Público, é de que os recursos teriam sido usados para pagar dívidas de campanha do companheiro de chapa e candidato derrotado ao governo, Fernando Freire.Segundo a denúncia, cerca de R$ 210 mil teriam saído da Secretaria de Defesa Social para pagar a empresa de marketing contratada para fazer a campanha. O nome de Garibaldi não é citado diretamente."Quem não deve não teme. O Ministério Público investigou e constatou que eu não era ordenador de despesa, apenas fiz parte da chapa. Com relação a mim é uma denúncia inócua. Não houve caixa 2. Fiz prestação de contas, que foi aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral", defendeu-se.Ontem, o senador ele se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Estive ontem com o Lula e ele disse que estava confiante na votação da CPMF e me desejou felicidades", afirmou. Ele ainda acrescentou que o fato de ter sugerido o indiciamento de pessoas do governo na época em que era relator da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos não irá atrapalhar sua relação com o Palácio do Planalto. "O presidente e eu já deixamos isso para lá", afirmou.Considerado candidato de consenso pelo governo e pela oposição, Garibaldi Alves Filho terá como primeira missão, se eleito, comandar a votação da emenda que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)."O ideal em uma festa de posse é receber o cargo e partir para os abraços. Eu vou ter de dirigir a votação. Me reservaram essa tarefa, que será árdua para quem assume", disse.Ele acrescentou que não aposta em possíveis mudanças de opinião de parlamentares contra ou a favor da CPMF. "Não acredito, a essa altura, que nenhum parlamentar esteja indeciso e vá trair os compromissos de seu partido", disse o senador, que é favorável à prorrogação do imposto.Garibaldi afirmou que, eleito, pretende se reunir com os líderes partidários para definir as pautas prioritárias na Casa. Entre elas, está a apreciação de vetos presidenciais. "Esse é um dos pontos que darei prioridade", afirmou.