País tem atraso de cem anos, diz coordenador do Fórum das Estatais pela Educação

05/09/2007 - 21h49

José Carlos Mattedi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O coordenador-geral do Fórum das Estatais pela Educação, Alex Bolonha Fiúza, que também é reitor da Universidade Federal do Pará, disse hoje (5) que “o Brasil está atrasado em cem anos no setor e nós precisamos ter muito mais idéias e investimentos”.Em sua quinta reunião, o Fórum reuniu representantes de empresas e coordenadores de programas do Ministério da Educação, com a finalidade de “potencializar as políticas públicas educacionais por meio das estatais, com a participação da sociedade civil, os empresários e os trabalhadores”.

Por meio de convênios, no momento 21 empresas participam de ações voltadas para alfabetização, aprimoramento da qualidade da educação básica, ampliação da educação profissional e expansão da educação superior pública de qualidade, assim como o aperfeiçoamento da qualidade nas instituições privadas.

“Precisamos somar muitos esforços para tirar o Brasil do buraco. A situação da educação no país é muito grave. Temos que ter consciência disso e trabalhar firmemente para fazer essa superação. E o fórum é um instrumento importante para esse objetivo”, acrescentou Fiúza, que não soube dizer o montante de recursos investidos pelas estatais desde a criação do Fórum, em 2004.

“É um recurso considerável, mas ainda muito ínfimo para aquilo que as empresas podem contribuir. As empresas estatais não podem pensar só como empresas privadas que visam lucro, e em termos corporativos para dentro de si próprias. Precisam pensar em termos de Brasil, e os recursos para o país têm que ser altamente volumosos. Estamos num caminho ainda inicial de investimentos”, destacou o coordenador-geral..Quatro programas do Ministério da Educação são apoiados pelo Fórum: BrasilAlfabetizado, Escola Aberta, Escola de Fábrica eUniversidade Aberta do Brasil.As empresas que participam do Fórum, presidido pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e com o ministro da Educação, Fernando Haddad, na vice-presidência, são: Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco de Desenvolvimento Econômico e Social, Caixa Econômica Federal, Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica, Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), Cobra Tecnologia, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás), Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte), Centrais Elétricas do Sul (Eletrosul), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Furnas Centrais Elétricas (Furnas), Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), Usina Hidrelétrica de Itaipu, Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), Petrobras e Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).