Seminário Brasil-Europa aponta necessidade de prevenção à corrupção, diz secretária da CGU

15/06/2007 - 23h11

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os debates do Seminário Brasil-Europa de Prevenção à Corrupção, encerrado hoje (15), "evidenciaram que não adianta apenas combater a corrupção, mas que é necessário prevenir, e também que o desvio de recursos públicos não é uma exclusividade brasileira".

A avaliação é de Virgínia Cestari, secretária de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas da Controladoria-Geral da União, que promoveu o encontro em parceria com o Projeto EuroBrasil 2000 - Apoio à Modernização do Aparelho de Estado, do Ministério do Planejamento.

Durante três dias, com a participação de representantes de controladorias de todo o país e de especialistas europeus, foram  apresentadas e debatidas experiências de sucesso na prevenção à corrupção, além  práticas relacionadas à promoção da transparência pública, ao controle social, à gestão da ética e à integridade pública.

Segundo Cestari, o seminário foi a primeira chance de reunir em Brasília representantes de órgãos públicos federais, estaduais e municipais dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para discutir “questões fundamentais para a prevenção da corrupção – tivemos um grande público e uma audiência muito boa, o que demonstra que nossas autoridades estão preocupadas com o combate à corrupção e que essa agora é a bandeira do nosso país”.

O desvio de recursos públicos, acrescentou, "foi um tema muito debatido e os depoimentos dos palestrantes internacionais comprovam que a corrupção é um fenômeno mundial”.

A Controladoria-Geral da União apresentou a sugestão de criar um fórum permanente, "algo como um comitê de controladorias gerais". A secretária informou que a idéia ainda é embrionária: “Não sabemos como seria o formato desse futuro comitê, mas esperamos que os órgãos que estavam presentes apresentem suas sugestões”. O Projeto EuroBrasil 2000 é resultado de acordo de cooperação técnica firmado entre o Brasil e a União Européia, que doou 4,5 milhões de euros para auxiliar a modernização e reforma da administração pública brasileira.