Eletronuclear anuncia investimento de R$ 1,6 milhão no Parque Nacional da Bocaina

13/04/2006 - 15h04

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio - A Eletronuclear pretende investir R$ 1,6 milhão em obras para melhorias no Parque Nacional da Serra da Bocaina, localizado na divisa dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. O protocolo de intenções foi assinado hoje (13) na Casa de Cultura de Paraty e contou com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Durante dois anos, os recursos serão repassados ao Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A primeira obra, que deve ser realizada ainda este ano, é a pavimentação de quase 10 quilômetros da estrada Paraty-Cunha, que corta a área do parque. Também serão instaladas guaritas para controlar o acesso de veículos ao parque.

O documento também estabelece a doação para o Ibama do prédio da Estação Ecológica de Tamoios, construída pela Eletronuclear em área do parque, para pesquisar e monitorar o ecossistema da região abrangida por Angra dos Reis e Paraty (RJ) e Cunha (SP).

Em discurso, Marina Silva ressaltou a importância da parceria entre a Eletronuclear e o Ibama e também com as prefeituras locais para a elaboração do Plano de Manejo do Parque Nacional da Serra da Bocaina. Ela lembrou que a integração desses órgãos resultou em normas que vão orientar o que pode ou não ser feito na área para não agredir o meio ambiente.

"O que estamos fazendo aqui não é uma concessão, mas sim, uma ação compatível com o estudo técnico desenvolvido pela Eletronuclear com o apoio do Ibama, de governos municipais e de organizações não-governamentais. É por isso que sugiro um grande mutirão para poder colocar em prática as normas de uso dessa unidade", destacou, ao sugerir a criação de uma Associação de Amigos do Parque da Bocaina para auxiliar nas ações de preservação.

Criado em 1971, o parque abrange uma área de 104 mil hectares, dos quais 60% estão no estado do Rio de Janeiro e 40%, em São Paulo. Desde que a usina nuclear Angra 1 entrou em operação, em 1985, a Eletronuclear assumiu o compromisso de compensação ambiental e passou a desenvolver ações de preservação da Mata Atlântica.