Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio - A orla da zona sul do Rio de Janeiro, bastante movimentada neste domingo de sol, foi escolhida como palco para as manifestações tanto dos que apóiam como dos que são contra o comércio de armas e munição no Brasil.
Uma semana antes do referendo sobre a venda de armas e munição no país, a Frente Parlamentar pelo Direito à Legítima Defesa, que apóia o Não, promoveu uma caminhada entre as praias de Ipanema e Leblon, distribuindo panfletos e atraindo centenas de simpatizantes. Já a Frente Brasil sem Armas, que apóia o Sim, se concentrou simultaneamente na praia de Copacabana e na Lagoa Rodrigo de Freitas.
Na Lagoa, foram jogadas 36.091 cruzes de isopor. O número, segundo dados do Ministério da Saúde, simboliza os brasileiros que morreram por armas de fogo no ano passado.
Um levantamento feito pela Polícia Federal em agosto e divulgado neste fim de semana aponta que houve uma corrida pela compra de armas e munição no país diante da proximidade do referendo. Segundo dados do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal, só em agosto foram vendidas 12,6 mil armas, 306% a mais do que em fevereiro.