Bolsa Escola ''exportado'' para São Tomé é de US$ 20 por mês

24/07/2004 - 19h26

Ana Maria Rocha
Enviada especial à São Tomé e Príncipe

São Tomé (África) – Quando chegar a São Tomé, nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai anunciar a liberação de US$ 650 mil para os programas de cooperação que o governo brasileiro desenvolve de forma bilateral com o país. Vários programas estão em andamento também nas áreas de saúde e agrícola, embora os principais são da área de educação. O Brasil implantou no país africano o programa Bolsa Escola, que hoje atende a 100 famílias com filhos entre 6 e 14 anos. A meta do governo brasileiro é ampliar para 400 famílias em 2005, o que atingirá um universo de duas mil pessoas.

Segundo o coodenador do programa em São Tomé, Jacy Braga Rofrigues, desde o inicio do trabalho, em setembro de 2002, houve grandes mudanças no comportamento das crianças beneficiadas como redução do índice de evasão escolar e maior número de crianças matriculadas nas comunidades atendidas pelo programa. As famílias que recebem a bolsa, de US$ 20 dólares por mês (o salário-mínimo em São Tomé é de US$ 27) podem pagar as taxas cobradas pelo governo para que os estudantes utilizem os livros didáticos. E um detalhe: ao final de cada ano escolar, os livros passam de aluno para aluno.

Durante a visita ao país, o presidente Lula vai doar cerca de 60 quilos de medicamentos que compõem o coquetel de tratamento da AIDS. São Tomé é um dos poucos países africanos em desenvolvimento com baixa incidência da doença. Os medicamentos que serão doados pelo governo brasileiro será suficiente para o tratamento de todos os doentes – cerca de 100 pessoas apenas.