México quer Brasil nas negociações da rodada de Doha

12/04/2004 - 22h42

Nádia Faggiani
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O secretário das Relações Exteriores do México, Luis Ernesto Derbez, afirmou hoje que seu país e o governo brasileiro devem trabalhar juntos com outras nações em desenvolvimento para avançarem nas negociações da rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), que diminuem o protecionismo dos países desenvolvidos e permitem melhoria no comércio multilateral.

Segundo o chanceler mexicano, Doha representa o primeiro intento das nações em desenvolvimento para se chegar a um acordo comercial. "Tive a oportunidade de trabalhar com o ministro Celso Amorim nos temas de problemática das patentes farmacêuticas e agora podemos avançar no tema agrícola, de interesse dos países em desenvolvimento", afirmou Derbez.

O chanceler acredita que a meta de conclusão da rodada, marcada para 2005, está assegurada. "Espero que nos próximos meses continuemos a trabalhar para que possamos, em janeiro, em Hong Kong, alcançar o resultado esperado. Os Estados Unidos estão dispostos a trabalhar no tema agropecuário, o que nos dá esperança de trabalharmos em um tema frutífero no próximo ano", afirmou.

As negociações sobre comércio multilateral na OMC fracassaram em Cancún, no ano passado, por causa do tema agrícola. O atual ciclo de discussão sobre comércio multilateral foi lançado em Doha, capital do Catar, em 2001. Para o chanceler Luis Ernesto Derbez, a meta de conclusão da rodada, marcada para 2005, está assegurada. "Espero que nos próximos meses continuemos a
trabalhar para que possamos, em janeiro, em Hong Kong, alcançar o resultado esperado", afirmou Derbez.

CONSELHO SEGURANÇA DA ONU

O secretário das Relações Exteriores do México, Luis Ernesto Derbez, afirmou hoje que o governo mexicano já fez uma solicitação para indicar o interesse de seu país em voltar a integrar o conselho de segurança da ONU no biênio 2009-2010 e, caso haja uma expansão, o México desejará fazer parte do Conselho como membro permanente. "Todas as nações tem esse direito e nós queremos participar", disse Derbez.