Manual mostra a empresas como mobilizar funcionários para programas sociais

08/09/2003 - 21h04

Rio, 8/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - O manual "Como as empresas podem participar de programas de segurança alimentar com a mobilização dos funcionários" foi lançado hoje nacionalmente pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, com o apoio da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Com o manual, o Ethos pretende facilitar a participação de funcionários nas ações de segurança alimentar e nutricional, com a ampliação do debate e orientações sobre a fome no Brasil.

O manual traz esclarecimentos sobre o Programa Fome Zero e sugere iniciativas que busquem o investimento em programas de apoio à comunidade e em projetos de geração de emprego e renda. O secretário-executivo do Programa Comunidade Solidária, José Giacomo Baccarin, disse que o combate à fome é uma forma de resolver, em curto espaço de tempo, um problema sério do país e, por isso, não pode ser apenas uma ação governamental. "O combate à fome e à pobreza não se faz apenas com ações de governo. Precisa ser complementado com a solidariedade".

Baccarin informou que, até o fim deste mês, 750 mil famílias estarão recebendo cartão alimentação. Pelos cálculos do governo, esse número chegará a 1,5 milhão de famílias no fim do ano. Até dezembro, mais 2,1 milhão de famílias poderão receber o benefício, além da bolsa alimentação, a que já têm direito. "São as duas maneiras de ampliar a suplementação de renda até o final do ano". Em outubro, 12 mil famílias de 13 municípios da bacia do rio Itabapoana, no estado do Rio, começarão a ser beneficiadas com o cartão alimentação com valor equivalente a R$ 50 por mês.

Baccarin ressaltou, entretanto, que o Programa Fome Zero vai além da questão alimentar, com ações de combate ao analfabetismo e saneamento básico, entre outras. O assessor especial da Presidência da República Oded Grajew disse que é preciso mapear onde estão os recursos financeiros, tecnológicos e humanos no Brasil para garantir ações que transformem a situação atual do país. Ele lembrou que muitos países passaram por dificuldades e as superaram com trabalhos feitos pelos governos, com apoio da sociedade.