Desempenho da balança já é três vezes superior ao resultado do ano passado

08/09/2003 - 21h01

Gustavo Bernardes
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Apesar dos sinais de recessão da economia, que foram mais fortes no primeiro semestre do ano, a balança comercial brasileira caminha para atingir um novo recorde em 2003. Até agora, o país já exportou mais de US$ 47,3 bilhões e importou aproximadamente US$ 31,5 bilhões, levando o país a registrar um superávit comercial de mais de US$ 15,8 bilhões. Somente na semana passada, a balança comercial registrou um saldo de US$ 713 milhões. Todas as categorias de produtos - básicos, manufaturados e semimanufaturados, foram ampliadas.

No período, as exportações diárias cresceram em média 18,9%, em relação a setembro de 2002. Passaram de uma média diária de US$ 309,1 milhões, para US$ 367,6 milhões, na semana passada. As vendas de produtos, como gasolina, fio-máquina de ferro e aço, óleo combustíveis, suco de laranja, laminados planos, autopeças, bombas e compressores, motores, geradores e transformadores, pneumáticos e madeira compensada aumentaram em média 35,1%, em relação a setembro do ano passado. Já as exportações de produtos como ferro fundido, celulose, alumínio bruto e couros e peles, aumentaram em média 8%, enquanto as vendas de petróleo bruto, fumo em folhas, carne de frango, bovina, suína e minério de ferro cresceram 3,8%, em relação a setembro do ano passado.

Segundo os dados mais recentes da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as importações também vêm registrando aumentos médios. Na primeira semana de setembro, passaram dos US$ 190 milhões do mesmo período do ano passado, para uma média diária de US$ 225 milhões. Os gastos do país aumentaram principalmente na compra de adubos e fertilizantes (96,7%), combustíveis e lubrificantes (38%), cereais e produtos de moagem (36,7%), siderúrgicos (33,4%), veículos automotores e partes (32,5%), plásticos e obras (24,7%), equipamentos mecânicos (16,4%) e instrumentos de ótica e precisão (6,6%).

A expectativa do ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, é que o saldo comercial chegue ao fim do ano em US$ 20 bilhões.