Servidores aprendem linguagem dos sinais e serão intérpretes de surdos no MEC

30/06/2003 - 22h40

Brasília, 30/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - Com o curso Língua Brasileira de Sinais (Libras), o MEC dá um passo à frente em sua meta de buscar a educação inclusiva. A declaração é da secretária de Educação Especial, Cláudia Pereira Dutra, hoje, durante o encerramento do curso. Foram capacitados 28 servidores do MEC que atendem surdos e tinham dificuldades em entendê-los.

Os servidores serão intérpretes dos portadores dessa deficiência durante audiências e reuniões. "O MEC já passou por constrangimentos, chegando, às vezes, a solicitar à pessoa surda que retornasse outro dia, por falta de um funcionário que soubesse a língua dos sinais", afirmou a assessora da Secretaria de Educação Especial (Seed), Marlene Gotti, professora de Língua Portuguesa, que, pela primeira vez, teve a oportunidade de freqüentar o curso.

Uma parceria entre o MEC, o Departamento de Lingüística da UnB e a Associação dos Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos do Distrito Federal (Apada) possibilitou a realização do curso. "A língua dos sinais foi uma demanda inserida no planejamento do ministério pela equipe do novo governo", observou o coordenador-geral de Gestão de Pessoas do MEC, Raimundo Rainero Xavier, acrescentando a possibilidade de inclusão de um curso em Braile nas programações futuras.

O coordenador não descarta a inclusão de um curso em Braile nas programações futuras. O objetivo, segundo Rainero, é capacitar os servidores para impulsionar a educação no País, com respeito pelas diferenças. O curso de extensão universitária durou 40 dias.