Presidente da Eletrobrás propõe grupo de estudos sobre projetos de hidrelétricas na Amazônia

11/02/2003 - 15h33

Brasília, 11/2/2003 (Agência Brasil - ABr) - Diminuir os impactos ambientais causados pela construção de usinas hidrelétricas na Amazônia é uma das preocupações do presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, que propôs hoje à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a criação de um grupo de estudos sobre projetos na área.

Ao deixar o gabinete da ministra, Pinguelli informou que o grupo deverá ser integrado por representantes da Eletrobrás, de companhias elétricas, do Ministério do Meio Ambiente, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renovavéis (Ibama) e da Agência Nacional de Águas (ANA). De acordo com ele, a idéia é trabalhar em cooperação com a Pasta já na fase de planejamento dos projetos e não somente durante a execução, o que possibilita a redução do impacto ambiental causado pelas hidrelétricas.

Para Pinguelli, as questões referentes à engenharia na estatal devem caminhar junto com as relacionadas ao meio ambiente. Segundo ele, para refletir essa preocupação, a antiga Diretoria de Engenharia da Eletrobrás passou a ser chamada de Diretoria de Engenharia e Meio Ambiente. "E o meio ambiente inclui também o social", acrescentou.

O presidente da estatal disse que a ministra concordou com a criação do grupo de estudo e a primeira reunião deverá ocorrer ainda em fevereiro. Pinguelli afirmou também que dois projetos de usinas já estão na agenda de trabalho: a de Belomonte, no Rio Xingu e outra localizada no Rio Madeira.

Segundo Pinguelli, há a possibilidade de se reduzir a capacidade de geração da Usina de Belomonte para diminuir o impacto ambiental. Ele afirmou que um dos problemas já detectados no caso de Belomonte é uma "perna seca" de 200 quilômetros de rio, que seria criada sazonalmente. "Temos intenção de resolver esse problema, mesmo que seja às custas de diminuir a potência da usina", garantiu.

Pinguelli informou que outra possibilidade a ser estudada é a criação de uma usina geradora de energia alternativa, como a eólica, para complementar a potência da Usina de Belomonte.