Berzoini recebe representantes do CBTE para debater reforma da Previdência

24/01/2003 - 21h13

Brasília, 24/1/2003 (Agência Brasil - ABr) - A direção executiva nacional da Central Brasileira dos Trabalhadores e Empreendedores (CBTE), nova central sindical que reúne assalariados e microempresas, apresentará ao ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, proposta de cobrança da contribuição previdenciária progressiva sobre o valor do salário mínimo dos trabalhadores do mercado informal como um dos instrumentos para reduzir o déficit público do governo. O encontro ocorrerá na terça, dia 28, às 15h, na sede do ministério, em Brasília.

"Precisamos de uma reforma da Previdência prá valer. Temos sugestões, entre elas, a cobrança de uma taxa mínima das pessoas que atuam no mercado informal. Não dá para esse pessoal contribuir somente nos três últimos anos antes de se aposentar e conseguir o direito, por outro lado entendemos a dificuldade de renda dessa grande parcela de trabalhadores, daí a necessidade de podermos construir uma contribuição maior ao longo do tempo", argumenta o presidente nacional da CBTE, José Avelino Pereira, o Chinelo.

A central discute ainda a universalização do sistema previdenciário, o estabelecimento de um teto para os valores das aposentadorias e o recolhimento das contribuições sobre o faturamento das empresas, ao invés da folha de pagamentos.

A CBTE encaminhou ao ministro da Casa Civil, José Dirceu, pedido de participação no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social a ser instalado pelo governo. A central terá audiência com secretário especial do Conselho, Tarso Genro, dia 4 de fevereiro, às 11h, em Brasília.
A entidade também aguarda encontro com o ministro do Trabalho, Jacques Wagner, para debater as propostas de reforma da estrutura sindical e participação no Fórum Nacional do Trabalho, que agrupará representantes das centrais sindicais e do patronato. "O movimento sindical tem enorme responsabilidade na mudança da legislação trabalhista. Temos condições de unificar propostas para encaminhar à votação no Congresso e é isso que esperamos", diz o diretor financeiro da CBTE, Ricardo Baldino e Souza.