Justiça https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/58/all pt-br Juíza da Infância do Rio orienta pais a não deixarem filhos participar de “rolezinho” https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-18/juiza-da-infancia-do-rio-orienta-pais-nao-deixarem-filhos-participar-de-%E2%80%9Crolezinho%E2%80%9D <p>Akemi Nitahara<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p>Rio de Janeiro &ndash; Diante da pol&ecirc;mica em torno dos &ldquo;rolezinhos&rdquo;, grandes reuni&otilde;es marcadas por jovens em <em>shoppings</em>, a Ju&iacute;za Ivone Ferreira Caetano, da 1&ordf; Vara da Inf&acirc;ncia, da Juventude e do Idoso, divulgou nota aos pais e respons&aacute;veis para que eles &ldquo;orientem seus filhos para que n&atilde;o compare&ccedil;am aos locais onde tais eventos ocorrer&atilde;o&rdquo;, diante dos &ldquo;riscos que poder&atilde;o advir da participa&ccedil;&atilde;o de seus filhos nas reuni&otilde;es anunciadas&rdquo;.</p> <p>A ju&iacute;za considera os fatos ocorridos em <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-12/pm-prende-tres-pessoas-apos-%E2%80%9Crolezinho%E2%80%9D-em-shopping-na-zona-leste-de-sao-paulo">Belo Horizonte e S&atilde;o Paulo</a>, onde houve tumulto e repress&atilde;o policial na semana passada e a diversidade de pessoas envolvidas &ldquo;com os mais diversos objetivos e inten&ccedil;&otilde;es&rdquo;.</p> <p>Em Niter&oacute;i, na regi&atilde;o metropolitana do Rio de Janeiro, a ju&iacute;za Nathalia Calil Miguel Magluta, da 9&ordf; Vara C&iacute;vel, indeferiu o pedido de liminar do Plaza Shopping que pretendia proibir o &ldquo;rolezinho&rdquo; marcado para hoje (18) no estabelecimento. No pedido, havia a alega&ccedil;&atilde;o de que o movimento promove arrua&ccedil;a e tumulto, mas a ju&iacute;za diz, na decis&atilde;o, que &ldquo;nada h&aacute; no procedimento a justificar a restri&ccedil;&atilde;o ao direito de reuni&atilde;o e manifesta&ccedil;&atilde;o pac&iacute;ficas&rdquo;.</p> <p>A p&aacute;gina do evento nas redes sociais j&aacute; tem cerca de 800 pessoas confirmadas e informa que o evento &eacute; pac&iacute;fico e antirracista. &ldquo;Neo-abolicionismo: libertar os negros e seus descendentes de seus &uacute;ltimos grilh&otilde;es [econ&ocirc;micos, sociais, invis&iacute;veis]&rdquo;, diz a p&aacute;gina.</p> <p>Outro pedido de liminar, do Shopping Tijuca, foi negado pela ju&iacute;za Maria Cristina Barros Gutierrez Slaibi, da 3&ordf; Vara C&iacute;vel. O &ldquo;rolezinho&rdquo; est&aacute; marcado para amanh&atilde; (19) no estabelecimento, segundo a decis&atilde;o da ju&iacute;za, por&eacute;m a p&aacute;gina do evento n&atilde;o foi encontrada.</p> <p>A ju&iacute;za argumenta que os precedentes de atos violentos em S&atilde;o Paulo n&atilde;o justificam uma proibi&ccedil;&atilde;o no Rio. &ldquo;Nem quanto ao periculum in mora inverso, procede a pretens&atilde;o liminar, pois tamb&eacute;m os jovens t&ecirc;m o direito constitucional de locomo&ccedil;&atilde;o, a abranger o de circula&ccedil;&atilde;o, deferido &agrave;s demais pessoas da sociedade, e n&atilde;o h&aacute; como, antecipadamente, vetar tal direito pela possibilidade de que dele resultem condutas il&iacute;citas&rdquo;</p> <p>Tamb&eacute;m est&aacute; marcado para amanh&atilde; (19) um &ldquo;rolezinho&rdquo; no Shopping Leblon, que j&aacute; tem quase 9 mil pessoas confirmadas pelas redes sociais.</p> <p>&nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: A&eacute;cio Amado</em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> 1ª Vara da Infância Cidadania da Juventude e do Idoso Justiça rio de janeiro rolezinhos Sat, 18 Jan 2014 15:08:54 +0000 aecioamado 738469 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Marta Suplicy vai recorrer de condenação por improbidade administrativa https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-18/marta-suplicy-vai-recorrer-de-condenacao-por-improbidade-administrativa <p>Alex Rodrigues<br /> <em>Rep&oacute;rter Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/25/gallery_assist711955/prev/Ag%C3%AAncia%20Brasil170113_DSC2281.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin-left: 3px; margin-right: 3px; float: right;" />Bras&iacute;lia - A ministra da Cultura, Marta Suplicy, vai recorrer da <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-17/marta-suplicy-e-condenada-por-improbidade-administrativa-e-perde-direitos-politicos" target="_blank">condena&ccedil;&atilde;o por improbidade administrativa</a>. Caso a medida n&atilde;o seja revertida, a ex-senadora perder&aacute; os direitos pol&iacute;ticos por tr&ecirc;s anos e ainda ter&aacute; que multa de cinco vezes o valor atualizado do sal&aacute;rio que recebia entre os anos de 2001 e 2005, quando era prefeita de S&atilde;o Paulo.</p> <p> Segundo a assessoria do Minist&eacute;rio da Cultura, Marta e seus advogados particulares j&aacute; est&atilde;o discutindo a senten&ccedil;a da 1&ordf; Vara da Fazenda P&uacute;blica da Justi&ccedil;a de S&atilde;o Paulo, publicada no <em>Di&aacute;rio da Justi&ccedil;a </em>estadual do &uacute;ltimo dia 10.</p> <p> A decis&atilde;o do juiz Alexandre Jorge Carneiro da Cunha Filho pro&iacute;be a ministra de assinar contratos com o Poder P&uacute;blico, receber benef&iacute;cios ou incentivos fiscais ou credit&iacute;cios, direta ou indiretamente, ainda que por interm&eacute;dio de pessoa jur&iacute;dica da qual seja s&oacute;cia majorit&aacute;ria. A proibi&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m tem validade de tr&ecirc;s anos.</p> <p> A den&uacute;ncia por improbidade administrativa foi apresentada pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico estadual. Segundo o documento, a prefeitura de S&atilde;o Paulo contratou a organiza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o governamental (ONG) Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orienta&ccedil;&atilde;o Sexual sem licita&ccedil;&atilde;o quando era prefeita da capital paulista.</p> <p> No mesmo processo, tamb&eacute;m foi condenada a ex-secret&aacute;ria de Educa&ccedil;&atilde;o Maria Aparecida Perez. Ela foi condenada &agrave;s mesmas penas que Marta. J&aacute; a ONG foi condenada a pagar multa de 10% do valor do contrato original firmado com a prefeitura de S&atilde;o Paulo (R$ 373.119,19, em 2002), quantia que deve ser atualizada, al&eacute;m de estar proibida de contratar com o Poder P&uacute;blico ou receber benef&iacute;cios ou incentivos fiscais por tr&ecirc;s anos.</p> <p> A <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> n&atilde;o conseguiu localizar Maria Aparecida. Na ONG, ningu&eacute;m atendeu aos telefones de contato.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Talita Cavalcante</em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil&nbsp; </strong></em></p> Diário da Justiça Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual Justiça Marta Suplicy ministra da Cultura são paulo Sat, 18 Jan 2014 13:53:09 +0000 talita.cavalcante 738466 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ CNJ terá em fevereiro novo relatório sobre o sistema carcerário do Maranhão https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-18/cnj-tera-em-fevereiro-novo-relatorio-sobre-sistema-carcerario-do-maranhao <p><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p>Paulo Victor Chagas<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p>Bras&iacute;lia &ndash; Um novo relat&oacute;rio sobre as condi&ccedil;&otilde;es do sistema penitenci&aacute;rio do Maranh&atilde;o dever&aacute; ser divulgado no in&iacute;cio de fevereiro.&nbsp;<span style="line-height: 1.5em;">&nbsp;O novo retrato est&aacute; sendo feito pelo Grupo de Monitoramento e Fiscaliza&ccedil;&atilde;o do Sistema Carcer&aacute;rio do estado. Ligado ao Conselho Nacional de Justi&ccedil;a (CNJ), o grupo &eacute; respons&aacute;vel por acompanhar as condi&ccedil;&otilde;es dos pres&iacute;dios, coordenar os mutir&otilde;es carcer&aacute;rios e desenvolver projetos de ressocializa&ccedil;&atilde;o dos detentos.</span></p> <p>De acordo com o juiz auxiliar da presid&ecirc;ncia do CNJ, Luiz Carlos Rezende e Santos, ap&oacute;s os &uacute;ltimos acontecimentos no Maranh&atilde;o, &eacute; necess&aacute;ria uma apura&ccedil;&atilde;o das medidas que t&ecirc;m sido tomadas para resolver problemas como superlota&ccedil;&atilde;o e viol&ecirc;ncia. Segundo Luiz Carlos, os ju&iacute;zes que comp&otilde;em o grupo maranhense foram notificados para que acompanhem as atividades promovidas na resolu&ccedil;&atilde;o dos problemas carcer&aacute;rios.</p> <p>&ldquo;Estou aguardando a movimenta&ccedil;&atilde;o do grupo para o in&iacute;cio de fevereiro. Precisamos saber o que est&aacute; acontecendo para que possamos desenvolver um projeto de acompanhamento daqui para adiante, j&aacute; que &eacute; uma situa&ccedil;&atilde;o diferenciada do resto do Brasil&rdquo;, disse, em entrevista &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>.</p> <p>Para Luiz Carlos, ap&oacute;s a cria&ccedil;&atilde;o pelo CNJ do Departamento de Monitoramento e Fiscaliza&ccedil;&atilde;o do Sistema Carcer&aacute;rio e do Sistema de Execu&ccedil;&atilde;o de Medidas Socioeducativas (DMF), em 2009, os grupos de acompanhamento estaduais passaram a monitorar de perto a condi&ccedil;&atilde;o dos pres&iacute;dios no Brasil. &ldquo;O Judici&aacute;rio tem como obriga&ccedil;&atilde;o principal a boa condu&ccedil;&atilde;o dos processos judiciais e ao Executivo compete a estrutura f&iacute;sica, cuidar e melhorar as estruturas. Com o tempo, o grupo tamb&eacute;m passou a ter legitimidade de levar ao Executivo preocupa&ccedil;&atilde;o sobre as imperfei&ccedil;&otilde;es f&iacute;sicas do sistema&rdquo;, explicou o juiz.</p> <p>Foi assim que, em fevereiro de 2011, ap&oacute;s rebeli&atilde;o que deixou seis presos mortos, foi institu&iacute;do mais um grupo, desta vez para apurar casos de abuso de autoridade, tortura e qualquer tipo de viol&ecirc;ncia de agentes p&uacute;blicos contra detentos no estado. O relat&oacute;rio, assinado em conjunto por representantes do CNJ e do Tribunal de Justi&ccedil;a do Maranh&atilde;o, diagnosticou a precariedade e superlota&ccedil;&atilde;o dos pres&iacute;dios e delegacias do estado e a falta de agentes penitenci&aacute;rios qualificados.</p> <p>O documento cont&eacute;m recomenda&ccedil;&otilde;es para a constru&ccedil;&atilde;o de pequenas unidades prisionais em diferentes cidades e &nbsp;realiza&ccedil;&atilde;o de concurso p&uacute;blico para suprir a administra&ccedil;&atilde;o penitenci&aacute;ria. As propostas foram encaminhadas &agrave; governadora do Maranh&atilde;o, Roseana Sarney, aos seus secret&aacute;rios, bem como &agrave; Procuradoria-Geral de Justi&ccedil;a do estado e ao Tribunal de Justi&ccedil;a do Maranh&atilde;o.</p> <p>Luiz Carlos disse que o grupo de monitoramento do sistema carcer&aacute;rio tem tamb&eacute;m outras miss&otilde;es, como promover mutir&otilde;es carcer&aacute;rios, que revisam as penas de presos definitivos e provis&oacute;rios, e o Programa Come&ccedil;ar de Novo, que oferece oportunidades de educa&ccedil;&atilde;o e capacita&ccedil;&atilde;o profissional aos detentos.</p> <p>O cumprimento dos objetivos no Maranh&atilde;o, por&eacute;m, foi dificultado pela falta de estrutura. &ldquo;Como vamos capacitar pessoas em pres&iacute;dios superlotados, onde o Estado n&atilde;o est&aacute; presente, onde quem manda s&atilde;o as fac&ccedil;&otilde;es criminosas?&rdquo;, indaga. Para ele, isso fez com que os projetos &ldquo;n&atilde;o estejam deslanchando como poderiam&rdquo;.</p> <p>Luiz Carlos &eacute; favor&aacute;vel &agrave; tese de que a constru&ccedil;&atilde;o de pres&iacute;dios em diversas cidades do Maranh&atilde;o &eacute; importante para que os condenados cumpram pena pr&oacute;ximos de suas fam&iacute;lias. &ldquo;Estamos convencidos que essa dist&acirc;ncia dos presos de suas fam&iacute;lias &eacute; sempre algo prejudicial no trabalho de recoloca&ccedil;&atilde;o na sociedade. Tudo isso contribui para um embrutecimento do presidi&aacute;rio&rdquo;, avaliou.</p> <p>No &acirc;mbito nacional, os ju&iacute;zes e desembargadores que comp&otilde;em os grupos estaduais se re&uacute;nem periodicamente com membros do CNJ. &ldquo;Eles sempre se mostram preocupados com o excessivo n&uacute;mero de detentos e com a situa&ccedil;&atilde;o da pessoa que tem problema mental e est&aacute; presa, sendo que deveria estar em tratamento&rdquo;, destacou o juiz. O objetivo dos encontros &eacute; compartilhar experi&ecirc;ncias boas e m&aacute;s do sistema carcer&aacute;rio de cada estado, no intuito de melhorar as condi&ccedil;&otilde;es dos pres&iacute;dios e dos detentos, prestando melhor servi&ccedil;o &agrave; sociedade.</p> <p>&nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: A&eacute;cio Amado&nbsp;</em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> CNJ Justiça Violência do Maranhão Sat, 18 Jan 2014 12:56:23 +0000 aecioamado 738464 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Juízes tentam driblar falta de recursos para garantir direitos de presos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-18/juizes-tentam-driblar-falta-de-recursos-para-garantir-direitos-de-presos <p><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p>Andr&eacute; Richter<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil </em></p> <p>Bras&iacute;lia &ndash; As condi&ccedil;&otilde;es desumanas que vieram &agrave; tona com a situa&ccedil;&atilde;o prec&aacute;ria do sistema carcer&aacute;rio do Maranh&atilde;o tamb&eacute;m s&atilde;o vivenciadas diariamente por ju&iacute;zes e promotores das Varas de Execu&ccedil;&otilde;es Penais (VEPs) de outros estados. Eles s&atilde;o respons&aacute;veis pela concess&atilde;o de benef&iacute;cios aos detentos, como trabalho externo e progress&atilde;o de pena, al&eacute;m de fiscalizar as condi&ccedil;&otilde;es dos pres&iacute;dios.</p> <p>Na maioria dos casos, os pedidos sequer chegam &agrave;s m&atilde;os dos ju&iacute;zes devido &agrave; burocracia, inerente ao Judici&aacute;rio, ou &agrave; falta de assist&ecirc;ncia jur&iacute;dica, que deve ser prestada pelo Poder Executivo, por meio das defensorias p&uacute;blicas. Dessa forma, os presos ficam mais tempo do que deviam nos pres&iacute;dios, gerando superlota&ccedil;&atilde;o e insatisfa&ccedil;&atilde;o nas cadeias.</p> <p>No entanto, algumas pr&aacute;ticas isoladas de ju&iacute;zes t&ecirc;m ajudado a criar vagas no sistema carcer&aacute;rio e a garantir os direitos dos detentos. O juiz Thiago Colnago Cabral, da Vara de Execu&ccedil;&otilde;es Criminais de Governador Valadares (MG), resolveu acabar com a burocracia para julgar a concess&atilde;o de benef&iacute;cios, sem gastar nenhum recurso a mais. No ano passado, a pr&aacute;tica foi premiada pelo Pr&ecirc;mio Innovare, destinado a destacar solu&ccedil;&otilde;es inovadoras para melhorar o servi&ccedil;o prestado pelo Judici&aacute;rio.</p> <p>O juiz passou a fazer audi&ecirc;ncias para julgar a concess&atilde;o de benef&iacute;cios com a presen&ccedil;a de todas as partes envolvidas no processo, como a Defensoria P&uacute;blica, a promotoria e o condenado. Dessa forma, tudo &eacute; decidido no mesmo dia, e o detento sai da audi&ecirc;ncia sabendo se ter&aacute; ou n&atilde;o seu direito garantido, sem a necessidade de aguardar a manifesta&ccedil;&atilde;o das partes, feita em papel. Com a medida, ningu&eacute;m est&aacute; preso na cidade de forma irregular.</p> <p>&quot;Cheguei a identificar presos pendentes de julgamento de seis meses. O detento tem a documenta&ccedil;&atilde;o que indica que ele tem o direito, mas o juiz n&atilde;o consegue julgar. Agora, o sentenciado &eacute; apresentado na audi&ecirc;ncia com todas as partes. Uma coisa que demorava 60 dias, n&atilde;o demora 15 minutos&quot;, disse o juiz.</p> <p>Em Pernambuco, o promotor da Vara de Execu&ccedil;&otilde;es Penais (VEP), Marcellus Ugiette, participou de um mutir&atilde;o carcer&aacute;rio em 2009 que envolveu as promotorias de Justi&ccedil;a do estado para identificar os presos provis&oacute;rios, detentos que aguardam julgamento, maioria entre a popula&ccedil;&atilde;o cercer&aacute;ria. Apesar dos esfor&ccedil;os, n&atilde;o houve mudan&ccedil;a na situa&ccedil;&atilde;o de superlota&ccedil;&atilde;o, devido &agrave; falta de investimentos e vagas no sistema penitenci&aacute;rio. &ldquo;O mutir&atilde;o foi importante, e, depois, vieram outras pr&aacute;ticas. Mas, acho que mutir&atilde;o &eacute; sinal de incompet&ecirc;ncia. Penso que as boas pr&aacute;ticas devem ser sempre para que o preso passe a receber tratamento definido pela Constitui&ccedil;&atilde;o. &Eacute; preciso acabar com a filosofia de encarceramento&quot;, disse Ugiette.</p> <p>O promotor aposta no tratamento digno ao preso como forma de garantir a ressocializa&ccedil;&atilde;o e evitar a reincid&ecirc;ncia nos crimes. Segundo ele, o &iacute;ndice de reincid&ecirc;ncia dos presos que cumprem penas alternativas &eacute; 8%, enquanto os detentos de regime fechado o n&uacute;mero sobe para 80%. Ugiette defende, por exemplo, incentivos fiscais para empresas que contratam ex-detentos. &ldquo;A empresa privada trabalha com os presos [dentro do pres&iacute;dio], com m&atilde;o de obra barata, fruto de conv&ecirc;nio, o detento tem dedica&ccedil;&atilde;o exclusiva, mas quando o detento sai, as empresas n&atilde;o querem contratar. Existem presas que n&atilde;o queriam a extin&ccedil;&atilde;o da pena porque iriam ficar passando fome&rdquo;, declarou.</p> <p>Desde 2008, o Conselho Nacional de Justi&ccedil;a (CNJ) tamb&eacute;m percorre os pres&iacute;dios dos estados em busca de presos irregulares.Mais de 400 mil processos foram analisados e 80 mil benef&iacute;cios concedidos. Mais de 45 mil presos foram soltos porque j&aacute; tinham cumprido<br /> a pena, mas continuavam encarcerados.</p> <p>&nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: A&eacute;cio Amado</em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Direitos dos presos Justiça Sat, 18 Jan 2014 11:48:05 +0000 aecioamado 738461 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Marta Suplicy é condenada por improbidade administrativa e perde direitos políticos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-17/marta-suplicy-e-condenada-por-improbidade-administrativa-e-perde-direitos-politicos <p><em>Da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/23/gallery_assist738434/prev/Cultura_Cartao_Marta_107.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 4px; float: right;" />Bras&iacute;lia -&nbsp; A ministra da Cultura Marta Suplicy foi condenada por improbidade administrativa pela Justi&ccedil;a de S&atilde;o Paulo e perdeu seus direitos pol&iacute;ticos por tr&ecirc;s anos. Ela tamb&eacute;m ter&aacute; que pagar uma multa no valor de cinco vezes o valor do sal&aacute;rio que a ministra recebia quando era prefeita de S&atilde;o Paulo (2001-2005), valor que deve ser atualizado at&eacute; a data de pagamento. A decis&atilde;o foi tomada pelo juiz Alexandre Jorge Carneiro da Cunha Filho, da 1&ordf; Vara da Fazenda P&uacute;blica.</p> <p> Segundo a decis&atilde;o, Marta tamb&eacute;m foi &ldquo;proibida de contratar com o Poder P&uacute;blico ou receber benef&iacute;cios ou incentivos fiscais ou credit&iacute;cios, direta ou indiretamente, ainda que por interm&eacute;dio de pessoa jur&iacute;dica da qual seja s&oacute;cia majorit&aacute;ria. A proibi&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m tem validade de tr&ecirc;s anos&quot;.</p> <p> A decis&atilde;o foi tomada no &uacute;ltimo dia 9 de janeiro e publicada no <em>Di&aacute;rio da Justi&ccedil;a </em>do Tribunal de Justi&ccedil;a do Estado de S&atilde;o Paulo do dia 10 de janeiro.</p> <p> O juiz acatou uma den&uacute;ncia do Minist&eacute;rio P&uacute;blico que moveu um a&ccedil;&atilde;o de improbidade administrativa com a justificativa de que houve direcionamento para a contrata&ccedil;&atilde;o do Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orienta&ccedil;&atilde;o Sexual (GTPOS), que foi contratado sem licita&ccedil;&atilde;o.</p> <p> Tamb&eacute;m foi condenada Maria Aparecida Perez, que era secretaria de Educa&ccedil;&atilde;o de Marta Suplicy na prefeitura de S&atilde;o Paulo. Maria Aparecida recebeu as mesmas penas que a ministra da Cultura.</p> <p> O GTPOS foi condenado a pagar multa civil de 10% do contrato original firmado com a prefeitura de S&atilde;o Paulo (R$ 373.119,19, em 2002), valor que deve ser atualizado e proibi&ccedil;&atilde;o de contratar com o Poder P&uacute;blico ou receber benef&iacute;cios ou incentivos fiscais por tr&ecirc;s anos.</p> <p> A decis&atilde;o cabe recurso.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> <p> &nbsp;</p> direitos políticas improbidade administrativa Justiça Marta Suplicy marta syplicy perde direitos políticos Sat, 18 Jan 2014 01:49:33 +0000 fabio.massalli 738458 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Juiz define prazo para apresentação de condições de reassentamento após desintrusão de terra indígena https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-17/juiz-define-prazo-para-apresentacao-de-condicoes-de-reassentamento-apos-desintrusao-de-terra-indigena <p>Paulo Victor Chagas<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Com o objetivo de tornar mais transparente o processo de desintrus&atilde;o da Terra Ind&iacute;gena Aw&aacute;-Guaj&aacute;, no Maranh&atilde;o, onde todos os n&atilde;o &iacute;ndios devem ser retirados nas pr&oacute;ximas semanas, o juiz Jos&eacute; Carlos do Vale Madeira determinou que o governo d&ecirc; garantias de que os planos de reassentamentos ser&atilde;o cumpridos. A intima&ccedil;&atilde;o foi feita ao Instituto Nacional de Coloniza&ccedil;&atilde;o e Reforma Agr&aacute;ria (Incra), ao Minist&eacute;rio do Desenvolvimento Agr&aacute;rio e &agrave; Secretaria-Geral da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica, que fazem parte do grupo de trabalho que cuida da quest&atilde;o.</p> <p> Segundo o juiz, o prazo termina no pr&oacute;ximo dia 27, quando dever&atilde;o ser discriminadas as medidas j&aacute; adotadas e as que ser&atilde;o tomadas para o assentamento dos produtores rurais que desocupar&atilde;o a terra ind&iacute;gena. A entrega das notifica&ccedil;&otilde;es aos moradores da &aacute;rea come&ccedil;ou na &uacute;ltima quarta-feira (15). Depois que <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-16/comeca-entrega-de-notificacoes-para-retirada-de-nao-indios-de-terra-no-maranhao">receber o documento</a>, cada fam&iacute;lia tem at&eacute; 40 dias para deixar o local de forma volunt&aacute;ria.</p> <p> No dia 29, o juiz vai discutir o caso com representantes dos &oacute;rg&atilde;os respons&aacute;veis pelo reassentamento. &ldquo;Pretendo receber informa&ccedil;&otilde;es prestadas de 25 a 27 [de janeiro]. Pedi que eles tragam documentos para que possamos analisar na reuni&atilde;o o que est&aacute; sendo adotado para o reassentamento&rdquo;, informou Madeira em entrevista &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>. &ldquo;Espero do Incra respostas objetivas&rdquo;, disse o juiz, referindo-se a dados como quais terras podem ser adquiridas para receberem os produtores rurais.</p> <p> At&eacute; ontem (16), 98 notifica&ccedil;&otilde;es j&aacute; haviam sido entregues. A Justi&ccedil;a trabalha com a estimativa de que haja de 300 a 500 ocupa&ccedil;&otilde;es e im&oacute;veis no territ&oacute;rio, que tem &aacute;rea total de 116 mil hectares. A regi&atilde;o compreende os munic&iacute;pios de Centro Novo do Maranh&atilde;o, Governador Newton Bello, Z&eacute; Doca e S&atilde;o Jo&atilde;o do Caru.</p> <p> Madeira teme que o Incra n&atilde;o consiga cumprir a decis&atilde;o judicial no que diz respeito ao reassentamento dos pequenos produtores. Na semana passada, o Incra criou grupo de trabalho para dialogar com sindicatos de trabalhadores rurais sobre o andamento do processo.</p> <p> Desde antes da entrega das notifica&ccedil;&otilde;es, o Incra j&aacute; havia preparado a estrutura para promover o cadastramento das fam&iacute;lias que deixar&atilde;o o local. S&oacute; ser&atilde;o reassentados os pequenos produtores que atenderem aos crit&eacute;rios de reforma agr&aacute;ria definidos pelo Incra. N&atilde;o podem ser benefici&aacute;rios, por exemplo, agricultores e posseiros que t&ecirc;m renda de atividades n&atilde;o agr&iacute;cola superior a tr&ecirc;s sal&aacute;rios m&iacute;nimos, al&eacute;m de propriet&aacute;rios de grandes &aacute;reas.</p> <p> Al&eacute;m dessa quest&atilde;o, a reuni&atilde;o do dia 29 vai discutir a situa&ccedil;&atilde;o do comit&ecirc; criado para fiscalizar e orientar a desintrus&atilde;o e preparar um balan&ccedil;o da entrega das notifica&ccedil;&otilde;es, para saber se todas foram recebidas, se h&aacute; alguma pend&ecirc;ncia e como anda o cadastro do Incra.</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: N&aacute;dia Franco</em></p> <p><i>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></i></p> desintrusão Incra Justiça Maranhão reassentamento Terra Indígena Awá-Guajá Fri, 17 Jan 2014 23:03:26 +0000 nfranco 738453 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Torcida Força Jovem do Vasco está proibida de frequentar estádios de futebol durante um ano https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-17/torcida-forca-jovem-do-vasco-esta-proibida-de-frequentar-estadios-de-futebol-durante-um-ano <p>Douglas Corr&ecirc;a<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p>Rio de Janeiro - A Justi&ccedil;a do Rio proibiu hoje (17) a torcida organizada For&ccedil;a Jovem do Vasco (FJV) de frequentar jogos de futebol e eventos esportivos durante um ano. A decis&atilde;o do juiz da 1&ordf; Vara Empresarial da Capital, Luiz Roberto Ayoub, passa a valer j&aacute; na estreia do Vasco no Campeonato Carioca, neste s&aacute;bado (18), &agrave;s 19h30, na partida contra o Boavista, no Est&aacute;dio S&atilde;o Janu&aacute;rio.</p> <p>A decis&atilde;o foi tomada com base em uma a&ccedil;&atilde;o ajuizada pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico (MP) do Rio ap&oacute;s os atos de viol&ecirc;ncia cometidos por integrantes da FJV na partida do Vasco contra o Atl&eacute;tico Paranaense na &uacute;ltima rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol, no ano passado. O jogo ocorreu em Joinville, em Santa Catarina.</p> <p>Ayoub tamb&eacute;m determinou que os integrantes da For&ccedil;a Jovem e outros denunciados pelo MP compare&ccedil;am &agrave; delegacia mais pr&oacute;xima da resid&ecirc;ncia, ou outro local indicado pelo Grupamento Especial de Policiamento em Est&aacute;dios (Gepe), 15 minutos antes dos jogos. Eles s&oacute; poder&atilde;o deixar o local 30 minutos ap&oacute;s o t&eacute;rmino da partida. Se descumprirem a decis&atilde;o, cada r&eacute;u ter&aacute; que pagar multa de R$ 2 mil por ocorr&ecirc;ncia. A medida ainda cabe recurso.</p> <p>Caso descumpra a decis&atilde;o, a FJV ter&aacute; que pagar multa de R$ 10 mil (jogos de futebol) e R$ 5 mil (eventos esportivos). O integrante da torcida que desobedecer ser&aacute; retirado de forma compuls&oacute;ria do local e vai responder pelo crime de desobedi&ecirc;ncia.</p> <p>A For&ccedil;a Jovem do Vasco tamb&eacute;m foi intimada a entregar um cadastro com a rela&ccedil;&atilde;o de todos os associados. O objetivo &eacute; cruzar esses dados com a rela&ccedil;&atilde;o de denunciados pelo MP. A torcida tem cinco dias para entregar a lista com os nomes.</p> <p> &nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: A&eacute;cio Amado</em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> &nbsp;</em></p> Esporte Força Jovem do Vasco Justiça torcida organizada Violência no futebol Fri, 17 Jan 2014 22:47:46 +0000 aecioamado 738452 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Defesa diz que José Dirceu não usou celular na prisão https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-17/defesa-diz-que-jose-dirceu-nao-usou-celular-na-prisao <p>Andr&eacute; Richter<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil&nbsp;</em></p> <p>Bras&iacute;lia &ndash; A defesa do ex-ministro da Casa Civil Jos&eacute; Dirceu divulgou hoje (17) nota &agrave; imprensa na qual nega que ele tenha conversado por telefone celular com James Correia, secret&aacute;rio da Ind&uacute;stria, Com&eacute;rcio e Minera&ccedil;&atilde;o do governo da Bahia.&nbsp;</p> <p>Segundo reportagem publicada hoje no jornal <em>Folha de S.Paulo</em>, Jos&eacute; Dirceu, condenado a sete anos e 11 meses de pris&atilde;o em regime semiaberto na A&ccedil;&atilde;o Penal 470, o processo do mensal&atilde;o, e preso desde novembro do ano passado, conversou por telefone, na semana passada, com Correia. Segundo a mat&eacute;ria, a conversa ocorreu por interm&eacute;dio de uma terceira pessoa que visitou Dirceu no Pres&iacute;dio da Papuda, no Distrito Federal, e que portava um celular.&nbsp;</p> <p>&ldquo;O ex-ministro Jos&eacute; Dirceu nega enfaticamente que tenha conversado por telefone celular na semana passada com James Correia, secret&aacute;rio da Ind&uacute;stria, Com&eacute;rcio e Minera&ccedil;&atilde;o do governo da Bahia. Meu cliente afirma tamb&eacute;m que tampouco recebeu qualquer visita que tenha usado o telefone celular em sua presen&ccedil;a no interior da Papuda, o que violaria as regras para visitas no pres&iacute;dio, e que estuda tomar medidas judiciais cab&iacute;veis para repara&ccedil;&atilde;o da verdade no caso&rdquo;, disse o advogado Jos&eacute; Lu&iacute;s Oliveira Lima.</p> <p>A Secretaria de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica do Distrito Federal abriu processo administrativo para investigar o caso. Em nota, o &oacute;rg&atilde;o diz que o resultado da investiga&ccedil;&atilde;o deve ser apresentado em 30 dias e encaminhado &agrave; Vara de Execu&ccedil;&otilde;es Penais (VEP).</p> <p>&nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: A&eacute;cio Amado</em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil &nbsp;</strong></em></p> Ação Penal 470 José Dirceu Justiça Fri, 17 Jan 2014 18:59:32 +0000 aecioamado 738436 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Conselho de bibliotecários protesta contra oferta de emprego a Dirceu https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-17/conselho-de-bibliotecarios-protesta-contra-oferta-de-emprego-dirceu <p>Andr&eacute; Richter<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; O Conselho Federal de Biblioteconomia enviou manifesta&ccedil;&atilde;o ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a proposta de emprego feita ao ex-ministro da Casa Civil Jos&eacute; Dirceu, condenado a sete anos e 11 meses de pris&atilde;o na A&ccedil;&atilde;o Penal 470, o processo do mensal&atilde;o. No documento, a entidade afirma que Dirceu n&atilde;o pode trabalhar na biblioteca de um escrit&oacute;rio de advocacia porque n&atilde;o &eacute; profissional da &aacute;rea. O posionamento do conselho n&atilde;o faz parte do processo que avaliar&aacute; o pedido de emprego.</p> <p> Dirceu recebeu proposta para trabalhar em um escrit&oacute;rio de advocacia. Se o juiz da Vara de Execu&ccedil;&otilde;es Penais (VEP) do Distrito Federal autorizar, o ex-ministro receber&aacute; sal&aacute;rio de R$ 2.100. No pedido, o advogado Jos&eacute; Gerardo Grossi, dono do escrit&oacute;rio, diz que o ex-ministro poder&aacute; trabalhar na biblioteca da empresa, atuando na pesquisa de jurisprud&ecirc;ncia de processos e ajudando na parte administrativa. O hor&aacute;rio de trabalho &eacute; das 8h &agrave;s 18h, com uma hora de almo&ccedil;o.</p> <p> Em nota divulgada no final do ano passado, o Conselho Federal emitiu o mesmo posicionamento sobre a proposta de emprego e amea&ccedil;ou entrar na Justi&ccedil;a para questionar a legalidade do servi&ccedil;o. &ldquo;Informamos que o exerc&iacute;cio da profiss&atilde;o de bibliotec&aacute;rio &eacute; privativo do bacharel em biblioteconomia, conforme a legisla&ccedil;&atilde;o vigente determina. Como se trata de profiss&atilde;o regulamentada, aos leigos que venham a atuar na &aacute;rea ser&atilde;o aplicadas penalidades, devido ao exerc&iacute;cio ilegal da profiss&atilde;o&rdquo;, afirmou a entidade na &eacute;poca.</p> <p> A defesa de Dirceu diz que ele preenche todos os requisitos legais para obter autoriza&ccedil;&atilde;o de trabalho externo. De acordo com a Lei de Execu&ccedil;&atilde;o Penal, condenados que cumprem penas inferiores a oito anos em regime semiaberto podem sair do pres&iacute;dio para trabalhar durante o dia, mas devem retornar &agrave; penitenciaria no in&iacute;cio da noite.</p> <p> No dia 5 de dezembro, Dirceu desistiu da primeira proposta de emprego, feita por um hotel de Bras&iacute;lia. &ldquo;O clima de linchamento midi&aacute;tico instalado contra Jos&eacute; Dirceu e contra a empresa&rdquo; fez o ex-ministro abrir m&atilde;o da proposta, disseram os advogados.</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: N&aacute;dia Franco</em></p> <p><i>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></i></p> Ação Penal 470 bibliotecários José Dirceu Justiça mensalão proposta de emprego Fri, 17 Jan 2014 17:58:31 +0000 nfranco 738430 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Secretaria apura se José Dirceu usou celular na prisão https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-17/secretaria-apura-se-jose-dirceu-usou-celular-na-prisao <p>Ivan Richard<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p>Bras&iacute;lia - A Secretaria de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica abriu hoje (17) processo administrativo para investigar den&uacute;ncia de que o ex-ministro da Casa Civil Jos&eacute; Dirceu usou um telefone celular na Penitenci&aacute;ria da Papuda, no Distrito Federal.</p> <p>Segundo o jornal <em>Folha de S.Paulo,</em> Jos&eacute; Dirceu, condenado a sete anos e 11 meses de pris&atilde;o em regime semiaberto na A&ccedil;&atilde;o Penal 470, o processo do mensal&atilde;o, e preso desde novembro do ano passado, conversou por telefone, na semana passada, com James Correia, secret&aacute;rio da Ind&uacute;stria, Com&eacute;rcio e Minera&ccedil;&atilde;o da Bahia.</p> <p>Em nota, a secretaria diz que o resultado da investiga&ccedil;&atilde;o deve ser apresentado em 30 dias e encaminhado &agrave; Vara de Execu&ccedil;&otilde;es Penais.</p> <p>&nbsp;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Beto Coura<br /> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasi</strong>l </em></p> James Correia José Dirceu Justiça mensalão Penitenciária da Papuda Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal Vara de Execuções Penais Fri, 17 Jan 2014 17:52:55 +0000 alberto.coura 738429 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Justiça sobe multa de Delúbio Soares para R$ 466,8 mil https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-17/justica-sobe-multa-de-delubio-soares-para-r-4668-mil <p>Andr&eacute; Richter<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; A Vara de Execu&ccedil;&otilde;es Penais (VEP) do Distrito Federal determinou hoje (17) que o ex-tesoureiro do PT Del&uacute;bio Soares pague multa de R$ 466,8 mil pela condena&ccedil;&atilde;o na A&ccedil;&atilde;o Penal 470, o processo do mensal&atilde;o. Del&uacute;bio tem dez dias para pagar a multa. Se o valor n&atilde;o for pago, o d&eacute;bito ser&aacute; inscrito na D&iacute;vida Ativa da Uni&atilde;o.</p> <p> Durante o julgamento do processo, a multa de Del&uacute;bio foi fixada em R$ 325 mil. No entanto, de acordo com o C&oacute;digo Penal, o valor final da multa deve ser corrigido monetariamente ap&oacute;s o fim do processo. Os crimes praticados pelo ex-tesoureiro ocorreram em 2003.</p> <p> A Justi&ccedil;a do Distrito Federal tamb&eacute;m determinou que mais quatro condenados no processo paguem multas at&eacute; o dia 20 de janeiro. Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, ex-s&oacute;cios do publicit&aacute;rio Marcos Val&eacute;rio, ter&atilde;o de pagar, respectivamente, R$ 3,96 milh&otilde;es e R$ 2,65 milh&otilde;es. O ex-deputado federal Valdemar Costa Neto foi multado em R$ 1,6 milh&atilde;o. A multa de Val&eacute;rio tamb&eacute;m foi reajustada, mas o valor n&atilde;o foi divulgado.</p> <p> O ex-deputado Jos&eacute; Genoino ter&aacute; que pagar multa de R$ 667,5 mil. A fam&iacute;lia de Genoino criou um <em>site</em> para arrecadar doa&ccedil;&otilde;es para pagar a multa. Segundo os parentes, o ex-deputado n&atilde;o tem dinheiro para quitar o d&eacute;bito.<br /> &nbsp;</p> <div> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Carolina Pimentel</em></div> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Ação Penal 470 Agência Brasil débito Delúbio Soares Justiça mensalão multa Fri, 17 Jan 2014 17:52:22 +0000 carolinap 738428 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Justiça autoriza Delúbio Soares a trabalhar na CUT https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-16/justica-autoriza-delubio-soares-trabalhar-na-cut <p>Andr&eacute; Richter<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p>Bras&iacute;lia &ndash; O juiz Bruno Andr&eacute; Silva Ribeiro, da Vara de Execu&ccedil;&otilde;es Penais (VEP) do Distrito Federal, autorizou hoje (16) o ex-tesoureiro do PT Del&uacute;bio Soares a deixar a pris&atilde;o durante o dia para trabalhar na sede CUT (Central &Uacute;nica dos Trabalhadores), em Bras&iacute;lia. Na decis&atilde;o, o juiz validou a proposta de emprego e entendeu que o trabalho externo &eacute; fundamental para ressocializa&ccedil;&atilde;o do condenado. Del&uacute;bio est&aacute; preso na Penitenci&aacute;ria da Papuda, no Distrito Federal. Ele foi condenado a seis anos e oito meses de pris&atilde;o na A&ccedil;&atilde;o Penal 470, o processo do mensal&atilde;o.&nbsp;</p> <p>Del&uacute;bio receber&aacute; sal&aacute;rio de R$ 4,5 mil. De acordo com a carta de emprego assinada pelo presidente da CUT, Vagner Freitas, o condenado foi contratado por ter experi&ecirc;ncia na &aacute;rea sindical. O hor&aacute;rio de expediente ser&aacute; das 9h &agrave;s 18h. Ap&oacute;s o servi&ccedil;o, ele dever&aacute; retornar ao pres&iacute;dio. O ex-tesoureiro atuar&aacute; no assessoramento da dire&ccedil;&atilde;o nacional da entidade, fazendo elabora&ccedil;&atilde;o de estudos e projetos relacionados com a &aacute;rea sindical, como educa&ccedil;&atilde;o profissional e emprego.</p> <p>Por ter sido condenado a cumprir pena abaixo de oito anos, Del&uacute;bio tem direito a deixar o pres&iacute;dio durante o dia para trabalhar. De acordo com a Lei de Execu&ccedil;&atilde;o Penal, condenados em regime semiaberto podem trabalhar dentro do pres&iacute;dio, em oficinas de marcenaria e serigrafia, por exemplo, ou externamente, em uma empresa que contrate detentos.</p> <p>Na decis&atilde;o que autorizou o trabalho externo, o juiz Bruno Andr&eacute; que relatou que os condenados no processo do mensal&atilde;o n&atilde;o est&atilde;o cumprindo regime fechado. A afirma&ccedil;&atilde;o tem sido feita por pessoas ligadas aos condenados. &ldquo;Inicialmente, registro que o sentenciado, diversamente do que se tem equivocadamente propalado, n&atilde;o se encontra em situa&ccedil;&atilde;o de regime fechado, mas sim recolhido em estabelecimento prisional adequado, destinado a condenados em regime semiaberto ainda sem benef&iacute;cios externos autorizados pela Justi&ccedil;a, ou seja, tudo perfeitamente condizente com a sua situa&ccedil;&atilde;o processual&rdquo;, diz o juiz.</p> <p>&nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: A&eacute;cio Amado</em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil&nbsp;</strong></em><br /> &nbsp;</p> Ação Penal 470 CUT Delúbio Soares Justiça Thu, 16 Jan 2014 22:18:24 +0000 aecioamado 738382 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ MP recorre para condenar Sebastião Curió por crimes na Guerrilha do Araguaia https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-16/mp-recorre-para-condenar-sebastiao-curio-por-crimes-na-guerrilha-do-araguaia <p><em>Da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; A Procuradoria Regional da Rep&uacute;blica da 1&ordf; Regi&atilde;o (PRR1) entrou com recurso na Justi&ccedil;a Federal contra a decis&atilde;o que arquivou a&ccedil;&atilde;o penal contra o coronel da reserva do Ex&eacute;rcito Sebasti&atilde;o Curi&oacute; Rodrigues de Moura, acusado pelo sequestro e desaparecimento de cinco militantes na guerrilha do Araguaia, em 1979.</p> <p> No ano passado, o TRF concordou com o argumentos apresentados pela defesa de Curi&oacute; e entendeu que, mais de 30 anos ap&oacute;s os fatos terem ocorrido, o coronel da reserva n&atilde;o pode ser punido porque os crimes prescreveram.</p> <p> A procuradora da Rep&uacute;blica Raquel Branquinh, por&eacute;m, ressalta que a decis&atilde;o do Tribunal Regional Federal da 1&ordf; Regi&atilde;o (TRF1) n&atilde;o levou em conta que, conforme decis&atilde;o do Supremo Tribunal Federal (STF), a Lei da Anistia n&atilde;o pode ser aplicada nos casos de sequestro e c&aacute;rcere privado. No entendimento da procuradora, como os corpos dos desaparecidos n&atilde;o foram encontrados, os fatos n&atilde;o podem ser entendidos como homic&iacute;dios.</p> <p> &ldquo;Enquanto n&atilde;o se souber o paradeiro das v&iacute;timas, sem que haja provas diretas ou indiretas dos restos mortais, remanesce a priva&ccedil;&atilde;o ilegal da liberdade. Portanto, n&atilde;o caberia falar em incid&ecirc;ncia da causa extintiva de punibilidade, uma vez que o crime em apre&ccedil;o estaria em franca consuma&ccedil;&atilde;o, j&aacute; que se trata de delito permanente&rdquo;, afirma a procuradora.</p> <p> Na ter&ccedil;a-feira (14), em outra decis&atilde;o que envolve crimes durante o per&iacute;odo da ditadura, a Justi&ccedil;a Federal em S&atilde;o Paulo considerou <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-14/justica-federal-considera-que-crime-praticado-por-ustra-na-ditadura-prescreveu">extinta a punibilidade</a> do coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra e do delegado aposentado Alcides Singillo. Ambos eram acusados de oculta&ccedil;&atilde;o de cad&aacute;ver pelo desaparecimento do estudante de medicina Hirohaki Torigoe em 1972. &Agrave; &eacute;poca, Ustra era comandante do Destacamento de Opera&ccedil;&otilde;es de Informa&ccedil;&otilde;es - Centro de Opera&ccedil;&otilde;es de Defesa Interna de S&atilde;o Paulo (DOI-Codi), um dos maiores centros de tortura da ditadura militar.</p> Guerrilha do Araguaia Justiça justiça federal Ministério Público Sebastião Curió Thu, 16 Jan 2014 21:54:46 +0000 nfranco 738379 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Decisão do Tribunal do Rio de desobrigar terno e gravata para advogados causa polêmica https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-16/decisao-do-tribunal-do-rio-de-desobrigar-terno-e-gravata-para-advogados-causa-polemica <p>Cristina Indio do Brasil<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - A decis&atilde;o da presidenta do Tribunal de Justi&ccedil;a do Estado do Rio de Janeiro, desembargadora Leila Mariano e do corregedor-geral da Justi&ccedil;a, desembargador Valmir de Oliveira Silva de permitir que advogados possam despachar em primeira inst&acirc;ncia e transitar nas depend&ecirc;ncias dos f&oacute;runs do estado do Rio <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-16/justica-do-rio-libera-advogados-da-obrigatoriedade-do-uso-de-paleto-e-gravata" target="_blank">sem usar palet&oacute; e gravata</a> entre os dias 21 de janeiro e 21 de mar&ccedil;o est&aacute; causando pol&ecirc;mica entre os advogados e magistrados.</p> <p> A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ) vai pedir a extens&atilde;o da medida &agrave;s audi&ecirc;ncias no primeiro grau e lembra que, de acordo com o aviso, no segundo grau de jurisdi&ccedil;&atilde;o, continua a obrigatoriedade do uso de terno e gravata.</p> <p> O entendimento de alguns profissionais da &aacute;rea de direito &eacute; que a medida, divulgada por meio de aviso conjunto, causa diferen&ccedil;a entre os profissionais que trabalham em inst&acirc;ncias diferentes. &ldquo;O calor que faz na primeira inst&acirc;ncia &eacute; similar ao calor que faz na segunda, ainda mais funcionando no mesmo pr&eacute;dio&rdquo;, disse o juiz da 1&ordf; Vara de &Oacute;rf&atilde;os e Sucess&otilde;es da capital, Jo&atilde;o Batista Damasceno.</p> <p> Damasceno foi mais longe e aboliu a necessidade de terno e gravata durante todo o ano. Ele explicou que a primeira an&aacute;lise que fez, para publicar uma portaria sobre o assunto na segunda-feira (13), se relaciona &agrave; sa&uacute;de dos profissionais. &ldquo;O calor altera o metabolismo da pessoa e pode causar danos a sa&uacute;de. Na It&aacute;lia, em alguns lugares, foi abolida a gravata&rdquo;, analisou.</p> <p> O juiz argumentou que os tribunais n&atilde;o t&ecirc;m compet&ecirc;ncia para determinar o tipo de roupa que os profissionais devem usar. Ele acrescentou que a lei existente define que cabe apenas &agrave; OAB dispor sobre a indument&aacute;ria dos advogados. &ldquo;Quem fiscaliza o exerc&iacute;cio da advocacia &eacute; o &oacute;rg&atilde;o pr&oacute;prio da advocacia que &eacute; a OAB. Assim como o do m&eacute;dico s&atilde;o os conselhos Federal e Estadual de Medicina&rdquo;, completou.</p> <p> No aviso, a presidenta do Tribunal e o corregedor-geral explicam que levaram em considera&ccedil;&atilde;o a temperatura neste per&iacute;odo do ano no Rio de Janeiro, que tem ultrapassado os 40 graus Celsius (&ordm;C) e a decis&atilde;o do Conselho Nacional de Justi&ccedil;a, que definiu ser de compet&ecirc;ncia dos tribunais locais a regulamenta&ccedil;&atilde;o dos trajes usados nas suas depend&ecirc;ncias. Eles lembraram, ainda, que houve uma campanha da OAB-RJ e da Caixa de Assist&ecirc;ncia dos Advogados do Rio de Janeiro (Caarj) pedindo que o terno fosse abolido no ver&atilde;o.</p> <p> O aviso esclarece que os profissionais devem usar roupas compat&iacute;veis &ldquo;com o decoro, o respeito e a imagem do Poder Judici&aacute;rio&rdquo;. A presidenta e o corregedor informam que os advogados devem vestir cal&ccedil;a social e camisa social devidamente fechada e que a medida n&atilde;o se aplica &agrave; segunda inst&acirc;ncia. &ldquo;Nos atos relativos &agrave; segunda inst&acirc;ncia e audi&ecirc;ncias em geral, no entanto, deve ser mantido o uso de terno e gravata, que, segundo o Ato Conjunto n&ordm; 01/2014, se mostra indispens&aacute;vel nestes casos&rdquo;, indicam.</p> <p> O juiz da Vara &Uacute;nica de Mangaratiba, na regi&atilde;o da Costa Verde, Marcelo Borges Barbosa,&nbsp; se antecipou &agrave; decis&atilde;o do Tribunal e na quinta-feira (9) assinou uma portaria permitindo que os advogados deixem de usar palet&oacute; e gravata. Marcelo Borges Barbosa estendeu a medida a qualquer &aacute;rea da comarca de Mangaratiba e para todas as inst&acirc;ncias. &ldquo;Em qualquer ato, inclusive nas audi&ecirc;ncias, est&aacute; liberado do terno e gravata. Acho que &eacute; o correto. &Eacute; humano. O advogado n&atilde;o est&aacute; no f&oacute;rum o tempo todo. Muitas vezes vem de longe. &Eacute; um absurdo que se obrigue uma pessoa a se deslocar no Rio de Janeiro de terno e gravata com o calor de 40 graus&rdquo;, disse o magistrado.</p> <p> Para o presidente da Caarj, Marcello Oliveira, ainda que bem intencionado, o ato gera grande inseguran&ccedil;a porque dispensa apenas o traje para despachar e transitar nas depend&ecirc;ncias do f&oacute;rum. &ldquo;O ato pode at&eacute; significar um retrocesso, quando j&aacute; est&aacute;vamos obtendo a concord&acirc;ncia de ju&iacute;zes em todo o estado para que audi&ecirc;ncias fossem feitas sem o palet&oacute; e a gravata&rdquo;, disse.</p> <p> O presidente Caarj destacou que &eacute; preciso considerar, ainda, que muitos profissionais fazem apenas audi&ecirc;ncias, &agrave;s vezes, durante todos os dias da semana. Ocasionalmente os advogados s&atilde;o surpreendidos com pedidos de colegas para substitu&iacute;-los ou, ainda, com pedidos urgentes de clientes que obrigam os profissionais a despacharem com desembargadores. &ldquo;Nossa campanha prossegue, portanto, com o objetivo de abolir a necessidade de uso do palet&oacute; e da gravata em quaisquer atos no TJ&quot;, disse Marcello Oliveira.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil </strong></p> Justiça Justiça no rio paletó e gravata primeira instância rio de janeiro Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro verão no rio Thu, 16 Jan 2014 21:47:45 +0000 fabio.massalli 738376 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ MPF denuncia 14 pessoas por fraudes em convênios com Ministério do Trabalho https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-16/mpf-denuncia-14-pessoas-por-fraudes-em-convenios-com-ministerio-do-trabalho <p>Bruno Bocchini<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; O Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal (MPF) em S&atilde;o Paulo denunciou &agrave; Justi&ccedil;a Federal 14 pessoas por participa&ccedil;&atilde;o em um esquema de desvio de recursos p&uacute;blicos de dois conv&ecirc;nios do Minist&eacute;rio do Trabalho e Emprego (MTE). O esquema, que envolvia a organiza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o governamental (ONG) Centro de Apoio ao Trabalhador (Ceat), foi desbaratado em setembro de 2013 durante a Opera&ccedil;&atilde;o Pronto Emprego. A a&ccedil;&atilde;o penal corre em segredo de Justi&ccedil;a.</p> <p> Entre os anos de 2009 e 2013, segundo a Pol&iacute;cia Federal, foram comprovadas irregularidades no repasse de R$ 47,5 milh&otilde;es para a ONG. A entidade recebia os recursos do minist&eacute;rio, por meio dos conv&ecirc;nios, para criar centros p&uacute;blicos de emprego e qualifica&ccedil;&atilde;o de trabalhadores. No entanto, com o dinheiro recebido, a ONG contratava &ndash; por meio de cota&ccedil;&otilde;es irregulares &ndash; empresas de propriedade do pr&oacute;prio respons&aacute;vel pela ONG. As empresas n&atilde;o executavam os servi&ccedil;os contratados.</p> <p> De acordo com o MPF, entre os denunciados est&aacute; a presidente do Ceat, que n&atilde;o teve o nome revelado, denunciada pelo crime de corrup&ccedil;&atilde;o ativa. Ela &eacute; acusada de oferecer vantagem indevida a um assessor da Secretaria de Pol&iacute;ticas P&uacute;blicas de Emprego do MTE para que fosse emitido parecer favor&aacute;vel a aditivos nos conv&ecirc;nios. O assessor, que recebeu propina, tamb&eacute;m foi denunciado por corrup&ccedil;&atilde;o passiva, tr&aacute;fico de influ&ecirc;ncia e advocacia administrativa. Os bens da quadrilha foram bloqueados para o ressarcimento ao er&aacute;rio.</p> <p> O Ceat &eacute; uma organiza&ccedil;&atilde;o da sociedade civil de interesse p&uacute;blico (Oscip) que atua na intermedia&ccedil;&atilde;o de m&atilde;o de obra do sistema p&uacute;blico federal de empregos e tem dez unidades de atendimento ao trabalhador, sete na cidade de S&atilde;o Paulo e tr&ecirc;s no Rio de Janeiro.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave;<strong><em> Ag&ecirc;ncia Brasil </em></strong></p> Ceat Centro de Apoio ao Trabalhador fraude em convênios com Ministério do Trabalho Justiça Ministério do Trabalho e Emprego MPF Operação Pronto Emprego Thu, 16 Jan 2014 21:14:55 +0000 fabio.massalli 738371 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/