pacto pela reforma política https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/181066/all pt-br Cinco pactos foram a resposta do governo federal aos protestos de junho https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-12-31/cinco-pactos-foram-resposta-do-governo-federal-aos-protestos-de-junho <p style="margin-bottom: 0cm"><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/Banners e selos/retrospectiva-2013-banner.jpg" style="width: 730px; height: 200px;" /></p> <p style="margin-bottom: 0cm">Paulo Victor Chagas<br /> <i>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</i></p> <p> <img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/galeria/2013-06-20/manifestacoes-em-sao-paulo" style="margin: 2px; float: right;" /><img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/23/gallery_assist723639/prev/ABr200613_MCA2272.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 2px; float: right;" />Bras&iacute;lia &ndash; As manifesta&ccedil;&otilde;es lideradas pelo Movimento Passe Livre contra o aumento da tarifa do transporte p&uacute;blico na capital paulista ganharam for&ccedil;a em junho e levaram milhares de pessoas &agrave;s ruas em v&aacute;rias capitais e munic&iacute;pios do interior. Os brasileiros levantaram outras bandeiras, como a reforma pol&iacute;tica e as melhorias nas &aacute;reas de sa&uacute;de, educa&ccedil;&atilde;o e mobilidade urbana. Surpreendido pela dimens&atilde;o dos protestos em todo o pa&iacute;s, o governo federal lan&ccedil;ou cinco pactos, aprovados pelo Congresso Nacional - pela responsabilidade fiscal, pela reforma pol&iacute;tica, pela sa&uacute;de, pela mobilidade urbana e pela educa&ccedil;&atilde;o.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">No dia 17 de junho a presidenta Dilma Rousseff se pronunciou pela primeira vez, por meio da Secretaria de Comunica&ccedil;&atilde;o Social da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica, dizendo que as manifesta&ccedil;&otilde;es eram &ldquo;leg&iacute;timas e pr&oacute;prias da democracia&rdquo;. Dois dias antes, Dilma tinha sido vaiada no Est&aacute;dio Nacional Man&eacute; Garrincha, em Bras&iacute;lia, lotado para a abertura da Copa das Confedera&ccedil;&otilde;es.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist723912/prev/ABr240613PZZB7728.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 4px; float: left;" />Em rede nacional de r&aacute;dio e TV, a presidenta disse que os manifestantes tinham o direito de protestar, mas de forma &ldquo;pac&iacute;fica e ordeira&rdquo;. Depois, reuniu-se com os governadores das 27 unidades da Federa&ccedil;&atilde;o e os prefeitos das capitais para anunciar os cinco pactos nacionais que, segundo ela, seriam &ldquo;propostas concretas e disposi&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica&rdquo; em favor do pa&iacute;s. A escolha dos temas foi feita seguindo as demandas da popula&ccedil;&atilde;o, mas n&atilde;o abarcou todas as insatisfa&ccedil;&otilde;es. Apesar do empenho de ministros e parlamentares para a implementa&ccedil;&atilde;o de todas as promessas, parte dos pactos n&atilde;o se concretizou em 2013.</p> <p> Para o pesquisador da Universidade de Bras&iacute;lia, Alexandre Pereira Rocha, o an&uacute;ncio dos cinco programas foi uma &ldquo;tentativa de contornar e minimizar os impactos&rdquo; da situa&ccedil;&atilde;o negativa pela qual passava o governo. &ldquo;Foi muito mais reativa do que algo pr&oacute;-ativo, imaginado&rdquo;, explica o cientista pol&iacute;tico. Segundo ele, ap&oacute;s essa rea&ccedil;&atilde;o n&atilde;o se prop&ocirc;s uma agenda mais aprofundada para o pa&iacute;s.</p> <p> Os pactos passaram a ser prioridade das a&ccedil;&otilde;es do governo e pauta de reuni&otilde;es, viagens e discursos de Dilma. De acordo com o ministro da Secretaria-Geral da Presid&ecirc;ncia, Gilberto Carvalho, &eacute; &ldquo;evidente&rdquo; que os cinco programas foram uma resposta &agrave;s manifesta&ccedil;&otilde;es e n&atilde;o existiriam sem elas. &ldquo;Os pactos s&atilde;o um bom exemplo de como o governo deve ouvir a sociedade e se movimentar a partir das demandas reais da sociedade. Ent&atilde;o, n&atilde;o &eacute; um problema, &eacute; uma virtude quando voc&ecirc; ouve e toma atitudes para atender aquela demanda&rdquo;, ponderou, em entrevista &agrave; <b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b>.</p> <p> Segundo a presidenta, o primeiro pacto (pela responsabilidade fiscal) tem o objetivo de garantir a estabilidade da economia e o controle da infla&ccedil;&atilde;o. Gilberto Carvalho acredita que o mote foi a den&uacute;ncia do mau uso dos recursos p&uacute;blicos. &ldquo;Essa era uma bandeira hist&oacute;rica, mas que naquele momento se procurou destacar, j&aacute; que uma das grandes quest&otilde;es era o combate &agrave; corrup&ccedil;&atilde;o, a den&uacute;ncia do mau uso dos recursos p&uacute;blicos&rdquo;, disse.</p> <p> Um plebiscito, que autorizaria o &ldquo;funcionamento de um processo constituinte espec&iacute;fico para fazer a reforma pol&iacute;tica que o pa&iacute;s tanto necessita&rdquo;, foi defendido por Dilma durante a reuni&atilde;o com governadores e prefeitos, no final de junho. A tramita&ccedil;&atilde;o de um projeto sobre o tema teve in&iacute;cio na C&acirc;mara, por&eacute;m sem avan&ccedil;os.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">A chamada minirreforma eleitoral, aprovada em novembro, diminui os custos das campanhas para as elei&ccedil;&otilde;es, ao proibir, por exemplo, propagandas eleitorais em cavaletes e limitar a contrata&ccedil;&atilde;o de cabos eleitorais. N&atilde;o trata, por&eacute;m, de pontos-chave da proposta de Dilma, como o financiamento p&uacute;blico de campanhas. Al&eacute;m disso, n&atilde;o valer&aacute; para as elei&ccedil;&otilde;es de 2014.</p> <p> Alexandre Rocha avalia que o fato de a proposta do plebiscito n&atilde;o ter sido emplacada fez com que o cr&eacute;dito ficasse para o Executivo. &ldquo;Ele jogou a responsabilidade para o Congresso, afinal de contas, ele prop&ocirc;s. Se o Legislativo assumisse [a pauta], a&iacute; sim n&oacute;s ter&iacute;amos pensado numa agenda para o tema&rdquo;, explica o cientista pol&iacute;tico. Gilberto Carvalho admite que estes fatos representam uma derrota, &ldquo;n&atilde;o do governo, mas uma derrota da sociedade&rdquo;.</p> <p> Quanto &agrave; mobilidade urbana, Dilma acrescentou R$ 50 bilh&otilde;es em recursos aos R$ 93 bilh&otilde;es j&aacute; investidos no setor desde 2011, por meio da segunda etapa do Programa de Acelera&ccedil;&atilde;o do Crescimento. Segundo o governo, a prioridade do novo investimento s&atilde;o obras em regi&otilde;es metropolitanas. Desse modo, prefeitos das capitais e governadores apresentaram seus pleitos &agrave; presidenta.</p> <p> De acordo com o Minist&eacute;rio do Planejamento, 15 capitais solicitaram novos recursos ao governo federal. Dessas, S&atilde;o Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador, Porto Alegre, Curitiba e Recife j&aacute; receberam mais de R$ 20 bilh&otilde;es. Em geral, o dinheiro deve ser utilizado na constru&ccedil;&atilde;o de corredores exclusivos de &ocirc;nibus, metr&ocirc;s e Ve&iacute;culos Leve Sobre Trilhos (VLTs).</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist730243/prev/ABr090913MCA_0493.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 2px; float: right;" />J&aacute; no setor educacional, pelo qual Dilma declarou recentemente estar &ldquo;fissurada&rdquo;, o governo enviou uma medida provis&oacute;ria destinando 100% dos recursos dos <i>royalties </i>do petr&oacute;leo para a educa&ccedil;&atilde;o. A mat&eacute;ria, no entanto, foi alterada no Congresso para que a sa&uacute;de tivesse 25% de participa&ccedil;&atilde;o nesses investimentos.</p> <p> Na cerim&ocirc;nia de san&ccedil;&atilde;o da lei, em setembro, a presidenta Dilma classificou a mudan&ccedil;a como uma melhoria na proposta. &ldquo;Devemos reconhecimento pela sensibilidade social e pela vis&atilde;o estrat&eacute;gica que o Congresso demonstrou ao incluir a destina&ccedil;&atilde;o de parcelas dos recursos tamb&eacute;m para o investimento na sa&uacute;de&rdquo;, agradeceu Dilma.</p> <p> Apesar da comemora&ccedil;&atilde;o, entidades defensoras do setor reclamam que o <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-08-19/dinheiro-dos-royalties-nao-sera-suficiente-para-cumprir-plano-nacional-da-educacao-diz-especialista">dinheiro ser&aacute; insuficiente</a> para cumprir as metas do Plano Nacional de Educa&ccedil;&atilde;o, em tramita&ccedil;&atilde;o no Senado, de destinar 10% do Produto Interno Bruto para o cumprimento das metas desde a educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica at&eacute; a superior.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Principal bandeira do governo neste ano e uma das a&ccedil;&otilde;es mais citadas pela presidenta Dilma em seus discursos, viagens e entrevistas, o Programa Mais M&eacute;dicos foi criado tamb&eacute;m por medida provis&oacute;ria, em julho. O programa garante a contrata&ccedil;&atilde;o de profissionais brasileiros e, na aus&ecirc;ncia deles, de estrangeiros para atuarem no Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS). O foco &eacute; atender a demanda por m&eacute;dicos em munic&iacute;pios do interior, &aacute;reas isoladas e periferia de grandes cidades.</p> <p> &ldquo;Eu gosto do Mais M&eacute;dicos porque n&oacute;s conseguimos formatar uma pol&iacute;tica que, tamb&eacute;m focada, leva esse m&eacute;dico e esse atendimento humanizado, porque uma das coisas que as pessoas se queixam &eacute; que o atendimento m&eacute;dico n&atilde;o era humanizado&rdquo;, explicou Dilma durante caf&eacute; da manh&atilde; com jornalistas, no &uacute;ltimo dia 18.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Edi&ccedil;&atilde;o: Andr&eacute;a Quintiere</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. 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