ações diplomáticas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/178305/all pt-br Diretor do GSI diz que problema de espionagem não será solucionado com ações diplomáticas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-11-06/diretor-do-gsi-diz-que-problema-de-espionagem-nao-sera-solucionado-com-acoes-diplomaticas <p style="margin-bottom: 0cm"><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/Banners e selos/Segurança-na-internet-preto.jpg" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p style="margin-bottom: 0cm">Pedro Peduzzi<br /> <i>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</i></p> <p> Bras&iacute;lia - Articula&ccedil;&otilde;es pol&iacute;ticas e diplom&aacute;ticas n&atilde;o ser&atilde;o suficientes para evitar a espionagem praticada por outros pa&iacute;ses no Brasil. Esta &eacute; a opini&atilde;o manifestada hoje (6), no Senado, pelo diretor do Departamento de Seguran&ccedil;a de Informa&ccedil;&atilde;o e Comunica&ccedil;&atilde;o do Gabinete de Seguran&ccedil;a Institucional (GSI) da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica, Raphael Mandarino.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Ele tamb&eacute;m disse que a prote&ccedil;&atilde;o de dados sens&iacute;veis do governo brasileiro passa, pelo menos em um primeiro momento, pelo uso de uma criptografia de Estado. Al&eacute;m disso, defendeu a ado&ccedil;&atilde;o de <i>softwares</i> e <i>hardwares</i> livres de <i>backdoor</i> - brechas deixadas em programas, equipamentos ou sistemas operacionais para possibilitar o acesso de terceiros a dados.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">&ldquo;Articula&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica diplom&aacute;tica com a ONU n&atilde;o ser&aacute; suficiente para sanar o problema de espionagem porque espionagem segue a &eacute;tica de Estado. Espi&atilde;o at&eacute; mata se for preciso defender seu pa&iacute;s. Ent&atilde;o &eacute;tica de Estado &eacute; completamente [diferente] da &eacute;tica que temos, do cidad&atilde;o comum. E n&atilde;o h&aacute; tratado que resolva isso. O interesse do Estado e o interesse econ&ocirc;mico sempre v&atilde;o prevalecer&rdquo;, disse ele, ap&oacute;s participar da Comiss&atilde;o de Infraestrutura, em audi&ecirc;ncia destinada a discutir a seguran&ccedil;a na internet.</p> <p> Segundo Mandarino, a iniciativa do governo em implantar um sistema capaz de proteger mensagens pode ajudar na prote&ccedil;&atilde;o de dados, especialmente das 320 redes cr&iacute;ticas, que envolvem, al&eacute;m da administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica federal, os dados de estatais e bancos p&uacute;blicos, entre outros.</p> <p> &ldquo;Essa for&ccedil;a-tarefa brasileira para dar mais seguran&ccedil;a &agrave;s informa&ccedil;&otilde;es internas &eacute; um primeiro passo. Mas hoje, imediatamente, o que vai resolver &eacute; a criptografia. N&atilde;o conhe&ccedil;o outro rem&eacute;dio para proteger os dados. E n&atilde;o adianta proteger apenas no computador. As redes tamb&eacute;m t&ecirc;m de estar criptografadas&rdquo;, disse o diretor do GSI. &ldquo;A gente [na Ag&ecirc;ncia Brasileira de Informa&ccedil;&atilde;o, Abin] tem equipamento de Estado para isso e j&aacute; o fazemos h&aacute; muito tempo&rdquo;, acrescentou, referindo-se &agrave; chamada criptografia de Estado.</p> <p> No entanto, acrescenta o diretor do GSI, s&oacute; agora, ap&oacute;s den&uacute;ncias de que espi&otilde;es norte-americanos tiveram acesso a dados e liga&ccedil;&otilde;es telef&ocirc;nicas do governo brasileiro, &eacute; que as autoridades come&ccedil;aram a desenvolver uma cultura de seguran&ccedil;a da informa&ccedil;&atilde;o.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">&ldquo;Acho que o comportamento das autoridades est&aacute; mudando. E &eacute; por isso que estou tentando fazer uma est&aacute;tua para Snowden. Ele chamou bastante aten&ccedil;&atilde;o para essas coisas&rdquo;, disse. Edward Snowden &eacute; um ex-consultor da Ag&ecirc;ncia Nacional de Seguran&ccedil;a (NSA), autor das den&uacute;ncias de espionagens do governo norte-americano contra diversos pa&iacute;ses, entre eles, o Brasil.</p> <p> O problema, acrescentou Mandarino, &eacute; que falta um &oacute;rg&atilde;o que tenha poder de pol&iacute;cia para cobrar, das entidades estrat&eacute;gicas brasileiras, a implementa&ccedil;&atilde;o das normas de seguran&ccedil;a da informa&ccedil;&atilde;o.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">&ldquo;Falta uma coordena&ccedil;&atilde;o &uacute;nica; uma ag&ecirc;ncia &uacute;nica. Precisamos de um &oacute;rg&atilde;o &ndash; na minha opini&atilde;o no n&iacute;vel da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica, por estar acima dos minist&eacute;rios &ndash; que determine o que fazer [em termos de cumprimento das normas de seguran&ccedil;a]. N&atilde;o &eacute; para fazer, mas para determinar que seja feito&rdquo;, argumentou.</p> <p> Para ele, essa coordena&ccedil;&atilde;o tem de ir al&eacute;m do governo e envolver tamb&eacute;m a sociedade civil. &ldquo;As empresas tamb&eacute;m t&ecirc;m de se proteger. Tem de ser uma pol&iacute;tica nacional, seguida de um &oacute;rg&atilde;o que, com poder de pol&iacute;cia, cobre a aplica&ccedil;&atilde;o dessa pol&iacute;tica e dessas normas&rdquo;.</p> <p> A criptografia de Estado &agrave; qual Mandarino se refere abrange tanto computadores como redes. Segundo ele, at&eacute; mesmo programas desenvolvidos por Estados Unidos e Reino Unido para a quebra de criptografias teriam dificuldade para terem sucesso na decodifica&ccedil;&atilde;o de dados. &ldquo;Pelos nossos c&aacute;lculos, isso levaria centenas de anos. Teriam de descobrir dois n&uacute;meros primos enormes e o tipo de opera&ccedil;&atilde;o que foi feita com eles, bem como a ordem da opera&ccedil;&atilde;o. &Eacute; muito dif&iacute;cil&rdquo;, disse.</p> <p> &ldquo;Al&eacute;m disso, em uma criptografia, voc&ecirc; n&atilde;o est&aacute; preocupado [apenas] se ela ser&aacute; ou n&atilde;o decodificada. Voc&ecirc; tem de proteger a informa&ccedil;&atilde;o apenas por um tempo &uacute;til, porque ela tem validade. Vou dar um exemplo: uma reuni&atilde;o do Banco Central que vai determinar se haver&aacute; aumento do d&oacute;lar. Aquela informa&ccedil;&atilde;o s&oacute; &eacute; importante at&eacute; sair a ata. Depois, ela &eacute; p&uacute;blica. Ent&atilde;o, o que se tem de assegurar com a criptografia &eacute; que, no tempo &uacute;til da informa&ccedil;&atilde;o, ela n&atilde;o vai ser vazada&rdquo;, acrescentou.</p> <p> <i>Ed</i><i>i&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</i></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> ações diplomáticas ciberespionagem criptografia de Estado espionagem GSI o que fazer Política posição do Brasil prevenção segurança de dados solução Wed, 06 Nov 2013 19:21:10 +0000 davi.oliveira 734518 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/